A Procuradoria da República denunciou o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e mais 13 alvos da Operação Radioatividade – desdobramento da Lava Jato – pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro na terça-feira (1.º). Othon Luiz, preso desde 28 de julho, teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas nas obras de Angra 3.
Os pagamentos, segundo a força-tarefa da Lava Jato, foram realizados por empresas intermediárias para a Aratec Engenharia, controlada pelo almirante e por sua filha, Ana Cristina Toniolo, também denunciada. No processo, Othon e sua filha negam envolvimento em irregularidades.
Um dos denunciados é o executivo Flávio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e o delator, o empresário Victor Colavitti. O empresário confessou que sua empresa Link Projetos e Participações foi usada como intermediária para repasse de ao menos R$ 765 mil, de 2010 a 2014, entre a empreiteira Engevix e a Aratec Engenharia.
Também foram denunciados os sócios José Antunes Sobrinho, Gerson Almada e Cristiano Kok, da Engevix.