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O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul denunciou seis pessoas pelo envolvimento no ataque à aldeia Ypo'i, no município de Paranhos, que resultou na morte de três professores indígenas. Entre os denunciados estão políticos e fazendeiros da região, acusados de homicídio qualificado, ocultação dos cadáveres, disparo de arma de fogo e lesão corporal contra idoso.

A denúncia foi protocolada em outubro na Justiça Federal em Ponta Porã por indígenas da etnia Guarani-Kaiowá. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, os acusados responderão a ação penal na condição de réus. Entre os denunciados, estão os filhos do proprietário da Fazenda São Luís, o vereador e presidente do Sindicato Rural de Paranhos, Moacir João Macedo, e o ex-candidato a prefeito Joanelse Tavares Pinheiro.

As mortes ocorreram em outubro de 2009 durante expulsão dos indígenas que reivindicavam a área da Fazenda São Luiz. Alguns dos denunciados e outras pessoas ainda não identificadas chegaram ao local em caminhões e caminhonetes, atirando com pelo menos sete armas de fogo e agredindo o grupo de 50 indígenas.

Depois de expulsos em 2009, os Guarani-Kaiowá reocuparam a área de reserva legal da Fazenda São Luís em 19 de agosto de 2010. Eles estão amparados por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que cassou a ordem de reintegração de posse até a produção de prova pericial antropológica.

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