O Ministério Público Federal, com apoio da Polícia Federal (PF), está investigando um suposto caso de agressão ocorrido dentro da penitenciária de segurança máxima em Catanduvas, no Oeste do Paraná. Na manhã de sta sexta-feira, o presidiário José Reinaldo Girotti, o Alemão, esteve no Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel para exames de lesão corporal. Este seria o primeiro caso de agressão dentro do presídio, inaugurado em 23 de junho do ano passado.
A reportagem da Gazeta do Povo apurou que a suposta agressão ocorreu em 10 de fevereiro. As investigações correm sob segredo de justiça. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), vinculado ao Ministério da Justiça, informou que além das investigações do MPF e da PF existe um procedimento interno para apurar os fatos. "Ainda não sabemos se houve agressão e quem agrediu", disse o diretor do Depen, Mauricio Kuhene.
O caso surgiu na semana passada, quando a mulher de Girotti foi visitá-lo no presídio e percebeu que o marido apresentava lesões pelo corpo. Ela procurou o diretor do presídio, Ronaldo Urbano, e comunicou o caso. De acordo com Kuhene, o preso foi levado até a direção da unidade prisional, mas preferiu não falar sobre o caso.
Com um forte aparado de segurança, o preso foi levado pela manhã para os exames no IML e em seguida prestou depoimento na PF a porta fechadas por questões de segurança. Kuhene afirmou que as imagens do circuito interno deverão apontar se houve, de fato, a agressão.
O presídio tem cerca de 200 câmeras de vídeo que funcionam 24 horas por dia. Atualmente a unidade tem 132 presos, mas tem capacidade para 206. Kuhene garantiu que o caso será apurado e os culpados punidos. O laudo médico com o resultado dos exames ficará pronto na segunda-feira. Segundo apurou a reportagem, Girotti apresentava lesões na cabeça e nas costas.
Quem é o Alemão
José Reinaldo Girotti, o Alemão, é considerado um dos maiores ladrões de bancos do Brasil e responsável pelas finanças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age em vários estados, incluindo o Paraná. Ele foi preso em 22 de novembro em Londrina, quando fazia compras em um supermercado.
Giroti foi preso na Operação Chacal, que responde a 30 processos criminais, 25 inquéritos policiais, 15 mandados de prisão. Estima-se que os roubos praticados por ele tenham rendido R$ 100 milhões.
Em Curitiba, a quadrilha até então liderada por Giroti assaltou em outubro de 2006 a agência da Caixa Econômica Federal no bairro Bacacheri. Foram roubados R$ 6 milhões em jóias do setor de penhor da Caixa. Durante o assalto foram feitas nove pessoas reféns, duas eram crianças que ficaram sob a mira de fuzis.
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