O Ministério Público Federal divulgou hoje que abriu inquérito para investigar se a Polícia Militar do Rio usou bombas com efeito redobrado de gás lacrimogêneo em manifestações. Denúncia diz que material comprado estava em estoque destinado a exportação para Angola.
"A informação é que a polícia teria usado bombas com o dobro de gás permitido em território nacional. Em vez de 10%, o artefato destinado à África teria 20% de gás lacrimogêneo. Essa quantidade é permitida na Angola, mas aqui não", disse o procurador responsável pelo caso, Alexandre Chaves.
A denúncia chegou ao Ministério Público na última quinta-feira. O comando da Polícia Militar já foi convocado a prestar esclarecimentos. O Exército - responsável pela fiscalização das bombas - também foi procurado.
A reportagem tentou contato com a PM, mas não obteve resposta. O Exército também não se pronunciou.
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