Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio revelaram na tarde desta terça-feira (26), em nota divulgada para a imprensa, que reabriram o inquérito civil público para apurar o uso, por policiais e guardas, de bombas de gás lacrimogêneo, canhão sônico (chamado “inferno”) e outras armas não letais. Elas estão sendo usadas para dissolver manifestações, mas não foram testadas pelo Exército como determina legislação.

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A investigação tinha sido aberta em 2013 a partir de notícias da imprensa sobre a compra e uso dessas armas pela Polícia Militar e Guarda Municipal do Rio em manifestações. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão tinha arquivado o inquérito por avaliar que a PMERJ e GMRJ esclareceram suas práticas. A reabertura foi decidida por um núcleo especializado da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (Naop2).

O inquérito foi desarquivado porque o NAOP2 não julgou suficientes os esclarecimentos prestados pela Polícia para o uso das bombas de gás lacrimogêneo e do canhão sônico, que provoca sintomas como de tontura e náuseas. Na investigação, “o Exército declarou serem seguros e confiáveis os explosivos testados por ele”. Porém, “sua avaliação não atestou se o equipamento se adequava à legislação, como o nível de concentração do gás”. O canhão sonoro também não foi testado pelo Exército.

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Segundo nota encaminha pelos MPF, os Núcleos de Apoio Operacional revisam promoções de arquivamento de 1ª instância, declínios de atribuição nas matérias de direitos humanos e defesa da cidadania e eliminam conflitos de atribuição. O NAOP ainda atua na aproximação com entidades voltadas aos direitos humanos e à cidadania.