O Ministério Público Federal (MPF) vai apurar o caso do suposto bilhete de bolão premiado em Novo Hamburgo (RS). O procurador da República Ângelo Roberto Ilha da Silva enviou um ofício, na sexta-feira (26), para a Caixa Econômica Federal (CEF) e para o delegado Clóvis Nei da Silva, responsável pelo inquérito policial que investiga crime de estelionato. Os dois têm até sexta-feira (5) para se manifestarem. A Caixa ainda não se pronunciou sobre o caso.
Um grupo de moradores de Novo Hamburgo reclama a participação em um bolão e ter acertado os números sorteados no concurso 1.155 da Mega-Sena. No entanto, a Caixa Econômica Federal informou que não houve apostas vencedoras.
"A linha de investigação do delegado é de crime de estelionato e isso é de competência estadual mesmo. Mas há o plano de responsabilidade extra-criminal, que é da Caixa Econômica Federal fiscalizar o sistema que envolve as loterias e da própria conduta da permissionária da Caixa perante o jogo", disse o procurador.
Ângelo Ilha está levantando informações a respeito do caso do grupo de apostadores de Novo Hamburgo que não teve seus números computados pela CEF no sorteio da Mega-Sena realizado em 20 de fevereiro. "Minha iniciativa é esclarecer o paradoxo de a Caixa dizer não considerar a existência de bolões e o que ela estava fazendo a respeito disso", afirmou o procurador.
O MPF quer saber se a CEF tinha conhecimento que as lotéricas incentivavam a prática de "bolões" e se havia alguma cobrança das lotéricas para a organização dos grupos de apostadores.
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