Relatórios do TCE já apontavam irregularidades nos contratos, como baixos investimentos| Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

Procuradores do Ministério Público do Paraná vão investigar o cumprimento dos contratos de todos os pedágios no estado e possíveis irregularidades. A decisão foi tomada em reunião na noite de ontem, e ainda não há definição, entretanto, sobre o programa de trabalho ou a periodicidade das investigações.

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A repercussão de uma audiência pública na última terça-feira em Jacarezinho, no Norte do estado, que tratou sobre a prestação de serviço da concessionária Econorte, motivou a investigação nas demais praças de pedágio. As demandas trazidas vão subsidiar o trabalho dos procuradores. A informação é da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal (MPF).

A audiência debateu a qualidade dos serviços na BR-153, que corta Ja­ca­rezinho. Também foi abordada a demora no andamento de uma ação civil públi­ca proposta pelo MPF de Jacarezinho em 2006, que questionava a mudança da praça de pedágio de Andirá, na BR-369, para Jacarezinho, na BR-153, sem passar por licitação.

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Auditorias

Um primeiro relatório do TCE, no início de julho, com análise de duas concessionárias, já revelava que preço da tarifa deveria baixar para compensar baixo investimento e outras irregularidades.

Isso porque duas concessionárias de pedágio que operam no Paraná – a Viapar e a Ecocataratas – deixaram de investir, juntas, cerca de R$ 1 bilhão (valores atualizados) em melhorias nas estradas sob sua concessão nos últimos 14 anos. Em contrapartida, faturaram mais do que o previsto em contrato.

O TCE recomendou, ainda, que as empresas "devolvam" ao menos R$ 397 milhões aos usuários, o que pode ocorrer, entre outros, na forma de desconto na tarifa.

Esse dinheiro ficou para as concessionárias, que o distribuiu entre seus acionistas", resumiu, à época, o diretor de auditorias do TCE, Alexandre Antônio dos Santos.

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