O advogado e ex-secretário Municipal de Trânsito Marcelo Araújo e o bruxo Luiz Antonio Ferreira Pereira, conhecido como Chik Jeitoso, foram denunciados formalmente pelo Ministério Público do Paraná à Justiça pelo crime de extorsão nesta semana. Uma terceira pessoa foi denunciada também, mas o nome ainda não foi revelado.
Por causa do recesso do Judiciário, o juiz ainda não analisou a denúncia. O caso está na 4ª Vara Criminal de Curitiba. A denúncia foi oferecia no último dia de 2016.
O advogado, que era considerado foragido pela Justiça, se entregou nesta tarde no Fórum Criminal, no Bairro Santa Cândida em Curitiba. Araújo permanecerá cumprindo a prisão preventiva no Complexo Médico Penal, em Pinhais.
Os dois foram presos acusados de extorsão. Segundo as investigações, eles exigiram R$ 5 milhões do apresentador e dono da Rede Massa, Carlos Massa, o Ratinho. Segundo a polícia, foram identificadas também outras quatro possíveis vítimas dos acusados.
Araújo havia saído da prisão antes do Réveillon por uma liberdade provisória concedida no plantão do Judiciário. Mas, em seguida, o magistrado do caso transformou prisão temporária dele e do bruxo em preventiva. Araújo era considerado foragido da Justiça até se entregar nesta terça-feira. Os dois sempre negaram terem cometido o crime.
De acordo com o advogado de Araújo, Gustavo Sartor, a defesa comprovará que o advogado cumpria com o exercício de sua profissão legalmente. Ele informou que não poderia mais dar detalhes de sua tese em razão de o caso já estar sob sigilo judicial. Sartor, no entanto, ressaltou que Araújo não estava foragido em razão de ele ter sabido apenas nesta segunda-feira (3) sobre a prisão preventiva contra seu cliente. Logo que soube, informou à Justiça que ele se entregaria rapidamente. “Vamos comprovar no processo que os fatos não são como os que estão sendo noticiados”, afirmou.
O advogado de defesa do bruxo Ygor Salmen afirmou que tomou conhecimento do oferecimento da denúncia. Ele ressaltou que vai analisar o conteúdo para poder se pronunciar sobre os argumentos do MP.