Cascavel – Cerca de 60 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Quedas do Iguaçu, no Oeste do estado, acamparam ontem em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Cascavel. O grupo exigia a retirada de 107 famílias acampadas numa área de 1,3 mil hectares onde será implantado assentamento e rapidez no processo de posse dos lotes da reforma agrária. No começo da noite, o Incra e o MST chegaram a um acordo, pondo fim ao protesto.

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Os integrantes do MST chegaram ao escritório regional do Incra pela manhã, mas não encontraram o chefe interino do órgão, Amazonino dos Santos. Eles, então, decidiram negociar por telefone com o superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda. Os sem-terra vieram de ônibus de Quedas do Iguaçu, onde estão acampados no assentamento Celso Furtado, recém-criado pelo Incra.

A disputa do MST envolve 1,3 mil hectares, localizados na fazenda Araupel, em Rio Bonito do Iguaçu, onde serão assentadas 69 famílias já pré-selecionadas pelo Incra. Deste total, 60 pertencem ao MST e outras nove moram no acampamento existente no local. As famílias pré-selecionadas ligadas ao movimento pressionam o Incra para a transferência imediata. "Depois de tanta luta, é justo que estas famílias possam ocupar definitivamente um pedaço de terra", diz o líder do MST Silvano Ribeiro.

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O superintendente prometeu pedir a reintegração de posse da área, mas pediu paciência. "O Incra está fazendo todo o esforço para resolver essa situação". A expectativa é de que o Incra protocole o pedido ainda esta semana.