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Santo Antônio da Platina - Sem-terra que ocupam a Fazenda Variante, em Porecatu, no Norte do Paraná, acusam o delegado da cidade, Elisandro de Souza Correia, de integrar uma milícia armada que vem aterrorizando os agricultores. A denúncia foi feita ao ouvidor agrário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Vinícius Gessolo de Oliveira, e ao deputado estadual Tadeu Veneri (PT), que estiveram ontem no acampamento do Movimento Sem-Terra (MST), batizado de "Herdeiros da Luta de Porecatu". Cerca de 2 mil sem-terra ocupam a propriedade de 1.442 hectares, quase toda cultivada com cana-de-açúcar, desde novembro do ano passado. A fazenda está em processo de desapropriação.

Oliveira e Veneri foram verificar pessoalmente as investigações sobre a ação de uma milícia na região. Segundo o ouvidor, os acampados relataram que há um mês homens armados estão fazendo ameaças e ateando fogo na cana e na área de preservação da fazenda para incriminar os sem-terra. Os agriculturores disseram que o delegado estava ao lado de seguranças privados do Grupo Atalla, que tem o controle da Variante, durante uma ação onde foram encontradas diversas cápsulas de pistola 9 milímetros. Correia também teria mantido um sem-terra na delegacia por mais de cinco horas, sem água e impedido de ir ao banheiro.

Procurado pela reportagem, o delegado disse que não iria se manifestar sobre as acusações. Também foi tentado um contato com a diretoria do Grupo Atalla, mas ninguém foi localizado.

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