O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou na manhã desta segunda-feira (26) sete praças de pedágio em diversas regiões do Paraná. Em todas as praças ocupadas, o pedágio não está sendo cobrado.
Em entrevista à Rádio CBN, o presidente da seção do Paraná da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, disse estar surpreso com a manifestação do MST. Segundo ele, a "permissividade" do governo do estado tem gerado este estado de instabilidade nos pedágios paranaenses.
"Nós estamos sendo surpreendidos a cada semana com uma medida nova do governo. Não é possível que a iniciativa privada, que é parceira do estado, esteja sendo impedida com atitudes ditatoriais" afirmou João Chiminazzo Neto.
De acordo coma assessoria da ABCR, entre 80 e cem pessoas estão reunidas em cada pedágio. Um pedido de reintegração de posse deve ser pedido ainda nesta segunda na Justiça.
O MST reivindica o cumprimento da meta, prometida pelo governo federal, de assentamento para 400 mil famílias até 2006. Também estão na pauta, a mudança de política econômica, os compromissos da marcha de maio, liberação de recursos do Incra e do Ministério de Desenvolvimento Agrária e linhas de créditos especiais. A assessoria do MST ainda informou que o movimento também pede o fim dos pedágios no Paraná.
A manifestação deve se estender em todo Brasil. A previsão do MST é que as praças sejam liberadas apenas no final do dia.
Praças ocupadas
A primeira praça invadida foi a de Cascavel, no Oeste, administrada pela Rodovia das Cataratas. Da mesma concessionária, os manifestantes também interromperam o funcionamento do posto de Cerro Azul e São Miguel.
A Viapar também foi atingida em três praças. O MST fechou os postos de Arapongas, Mandaguari e Castelo Branco. A concessionária Rodonorte precisou liberar as cancelas em Mauá da Serra, perto do Ortigueira.
Veja como foi ação dos sem-terra, na reportagem em vídeo
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