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O governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), desde as 12 horas desta sexta-feira (16), está reunido com cerca de 700 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) de todo o estado, no Ginásio Professor Almir Nélson de Almeida, no Tarumã, onde eles estão alojados. Além de Pessuti, outros membros do governo e representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também participam da audiência. Desde a terça-feira (13), os sem-terra realizam uma série de mobilizações em Curitiba.

De acordo com a assessoria de imprensa do MST, foi montada uma mesa, integrada por um comando do movimento e pelos representantes do governo, e a reunião é acompanhada por todos os militantes. Por volta das 13 horas, Pessuti se preparava para falar, após os dirigentes do MST terem apresentado parte das reivindicações do grupo.

O movimento cobra que as áreas onde cerca de cinco mil famílias – aproximadamente 20 mil pessoas – estão acampadas em todo o estado sejam revertidas à reforma agrária, tornando-se assentamentos do MST. Os militantes exigem assistência técnica para as famílias assentadas e ampliação da infraestrutura, como crédito-habitação e renegociação de dívidas. Outra reivindicação é a implantação de mais escolas de níveis fundamental e médio, e que promovam cursos profissionalizantes. Segundo a assessoria de imprensa, mais de 17 mil pessoas vivem em assentamentos do movimento no Paraná.

Ações

Ao longo da semana, o MST promoveu outras ações em Curitiba. Na quinta-feira (15), os sem-terra tiveram uma audiência com a superintendência do Incra. Na quarta-feira (14), o comando do movimento se reuniu com lideranças da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Banco do Brasil e da Secretaria de Estado de Educação, para cobrar mais apoio e infraestrutura aos acampamentos e assentamentos. Os militantes também participaram de uma passeata que cobrava o afastamento do deputado Nelson Justus (PMDB) da presidência da Assembleia Legislativa. Na ocasião, os manifestantes derrubaram o portão do prédio e ocuparam o saguão da Casa de Lei.

Na terça-feira (13), os militantes promoveram uma passeada, chamada de Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, para relembrar o massacre de Eldorado de Carajás (PA), ocorrido em 1996, e para cobrar mais agilidade na implantação da reforma agrária. No restante do país, o MST deu sequência à mobilização conhecida como Abril Vermelho, que contabiliza 42 ocupações em 12 estados. Em São Paulo, houve invasão de cinco prédios públicos.

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