O encontro nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para comemorar os 25 anos de fundação do movimento terminou hoje em Sarandi, na região noroeste do Rio Grande do Sul. Os governadores do Paraná, Roberto Requião (PMDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT), além de deputados federais e senadores estavam presentes à comemoração que confirmou a continuidade da luta pelo assentamento de mais 100 mil famílias nos próximos anos no País.

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O evento foi realizado no assentamento Novo Sarandi (antiga Fazenda Annonni), o mais antigo do Rio Grande do Sul. O evento foi local de debates sobre temas ligados à política agrícola, reforma agrária, entre outros.

Marina Santos, da coordenação nacional do MST, afirmou que em 2009 o MST vai continuar ocupando terras e pressionando o Estado brasileiro a realizar a reforma agrária. Marina lembrou que a decisão de continuar ocupando terras foi adotada coletivamente, com os mais de mil integrantes que participaram do encontro. De acordo com ela, todas as conquistas no campo da reforma agrária, que aconteceram no Brasil, foram graças aos esforços e à luta dos trabalhadores ligados ao MST.

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Para confirmar sua afirmação, ela apontou que mais de 370 mil famílias sem-terra foram assentadas e que mais de sete milhões de hectares de terras foram destinados para reforma agrária, desde a formação do MST. Ela disse que o governo federal não foi convidado para o evento porque o movimento está "descontente coma condução que vem sendo dada para a execução da reforma agrária pelo governo Lula".

O encontro começou na terça-feira e teve a participação de cerca de mil integrantes do MST provenientes de 24 Estados brasileiros além de representantes de 30 países, segundo os organizadores. A Brigada Militar reforçou o policiamento cercando o assentamento e revistando as pessoas que chegavam, além de exigir a lista de passageiros dos ônibus que traziam as delegações.