O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu desmontar e deixar o acampamento em frente à Sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Rua Doutor Faivre, na noite desta sexta-feira (10). De acordo com a organização do MST, a decisão foi tomada em assembleia e a maioria decidiu que, entre as pautas colocadas pelos manifestantes, a principal foi alcançada: protestar contra o governo de Michel Temer (PMDB) . As manifestações ocorreram durante toda a sexta-feira na Praça Santos Andrade, na capital.
Ainda de acordo com a organização, o movimento continuará observando os outros pontos da pauta de reivindicações, que incluem um plano emergencial para cerca de 10 mil famílias acampadas há anos no Paraná e a definição de um superintendente técnico para a direção regional do Incra. O MST pede que a superintendência seja dirigida por um funcionário de carreira, com conhecimento sobre reforma agrária. A chegada dos trabalhadores rurais na última quarta-feira (08) coincidiu com a exoneração do superintendente regional do Incra no Paraná, Nilton Bezerra Guedes, que ocorreu na terça-feira (07). O cargo foi assumido interinamente por Guilherme Gauza Filho, funcionário de carreira do órgão.
Ofício
A Prefeitura Municipal de Curitiba chegou a enviar ofícios solicitando a desobstrução da Rua Dr. Faivre nesta sexta-feira. De acordo com a administração municipal, uma série de ofícios foram enviados ao Ministério da Justiça, Polícia Militar, Ministérios Públicos Estadual e Federal, Polícia Federal e ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), solicitando providências na desobstrução da rua. De acordo com a prefeitura, o acampamento estaria interferindo no direito de ir e vir dos moradores da região e alterando a rotina da cidade.
