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Ponta Grossa

MST e fazendeiros reforçam expectativa de conflito

Desde sábado (6), uma área de 35 mil alqueires localizada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, tem sido motivo de disputa entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o tenente-coronel da reserva Valdir Copetti Neves. A área foi ocupada pelos sem-terra, mas nesta segunda-feira (8), o ex-policial recebeu o apoio de outros fazendeiros da região e da União Democrática Ruralista (UDR), que chegaram na propriedade.

Na fazenda, chamada de São Francisco II, a expectativa é de conflito. Acampados em cinco barracas de lona, cerca de 200 militantes do MST permanecem no local. A menos de 150 metros, Copetti Neves também armou uma barraca, onde permanece, acompanhado de outros ruralistas. "Eu só saio daqui quando o MST sair da minha propriedade", disse o fazendeiro. Uma viatura da Polícia Militar se posicionou entre os dois pólos para garantir a segurança no local, 24 horas por dia.

A São Francisco II está arrendada a diversos produtores rurais, que, atualmente, cultivam soja, milho e feijão. Também pode haver conflito entre os militantes do MST e um arrendatário, porque os sem-terra estão acampados próximo a uma área de plantio de soja, que, segundo o produtor, precisará receber veneno contra ferrugem em, no máximo, dez dias. Os manifestantes garantem que não vai deixar o acampamento, enquanto o ruralista rebate que não pode deixar a lavoura sem o defensivo agrícola, sob pena de perder a plantação.

A terra

Esta é a quarta vez que a São Francisco II é ocupada por integrantes do MST. Os militantes apontam que a área pertencem à Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa). Copetti Neves, por sua vez, garante que teria adquirido a terra em 1999 e que teria documentos que o comprovam. Ele entrou com pedido de reintegração de posse.

Na outra ponta, a Embrapa reivindica a posse da área, que estaria cedida para uso do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Segundo seu advogado, no entanto, a Embrapa não vai admitir ser "usada" pelo MST nem vai abrir mão da terra, já que tem planos para sua exploração.

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