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Reforma agrária

MST exige 6 mil famílias assentadas

Sem-terra fazem manifestação na Praça 29 de Março: movimento quer apoio técnico e financeiro para 20 mil assentados | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Sem-terra fazem manifestação na Praça 29 de Março: movimento quer apoio técnico e financeiro para 20 mil assentados (Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo)

Cerca de 3 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estão acampados no Ginásio do Tarumã, em Curitiba, fizeram uma manifestação ontem na Praça 29 de Março, no bairro Mercês. Eles reinvidicam o assentamento de 6 mil famílias acampadas em 70 áreas no Paraná e apoio técnico e financeiro para as 20 mil que já estão assentadas no interior do estado. Na sexta-feira eles participarão de uma audiência com entidades que apoiam a reforma agrária.Ontem, os sem-terra entregaram as reivindicações ao superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná, Nilton Bezerra Guedes. Eles fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao casal de ambientalistas morto em Nova Ipixuna (PA) e ao agricultor assassinado em Rondônia na semana passada. Outras 30 mortes de trabalhadores rurais também foram lembradas.

Representantes do Incra discutiram ontem os 317 Projetos de Assentamento (PAs) do estado, onde vivem mais de 18 mil famílias. Ao todo, são 419 mil hectares, 5% da extensão territorial do estado, que poderão ser incorporados ao Programa Nacional de Reforma Agrária. Segundo o assessor especial para assuntos fundiários do governo do estado, Hamilton Serighelli, 69 processos de obtenção de áreas estão em andamento neste ano. Os 83 mil hectares poderão abrigar 4,6 mil famílias acampadas. Hoje, o presidente do Incra, Celso Lisboa Lacerda, deverá se reunir com o governador Beto Richa.

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