Brasília O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) anuncia para hoje o início de mais uma "jornada nacional de luta" pela reforma agrária. Como "prévia" das ações, comunicou ter invadido pela primeira vez uma fazenda em Roraima.
As mobilizações, segundo os sem-terra, ocorrerão em diversos estados, sob o pretexto de comemorar o Dia do Trabalhador Rural. Em Pernambuco, disse o coordenador estadual do MST Alexandre Conceição, eles planejam tomar "oito ou dez" propriedades rurais.
Durante a semana, os protestos podem ocorrer na zona urbana, com ato em Recife contra demora na entrega de cestas básicas em acampamentos.
O maior ausente no ato será o coordenador nacional e líder do MST local, Jaime Amorim.
Em Roraima para estruturar o movimento no estado, Amorim anunciou ontem ter invadido uma fazenda supostamente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas tomada por grileiros.
Segundo Conceição, não há metas nem data determinada para o fim da "jornada". A previsão é que até três fazendas sejam invadidas hoje.
Em evento ontem à tarde no Palácio do Planalto, o presidente Lula recebeu apoio de movimentos e entidades do campo.
O apoio explícito veio do representante da Via Campesina, que falou em nome também do MST e de outras quatro entidades. Ele disse que os sem-terra não querem de "volta a burguesia no poder", numa provocação direta ao presidenciável tucano, Geraldo Alckmin.
Na campanha, Lula terá o que classificam de apoio "crítico" do MST e a atuação integral da Contag e de suas federações regionais.
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