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Maringá - Pelo menos 200 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), da Via Campesina e da Assembleia Popular saíram em marcha de Florestópolis, no Norte do estado, e seguem até Porecatu para promover um mutirão de debate sobre a crise econômica e um projeto popular para o Brasil. Na caminhada, iniciada às 9 horas de ontem, o grupo conversará com a população de várias cidades para explicar os efeitos da crise sobre os trabalhadores, além de exigir a reforma agrária como alternativa.

Em Florestópolis, os manifestantes marcharam pela principal avenida para mobilizar as autoridades locais. Em Porecatu, o MST promoveu ato na praça central da cidade com as famílias do acampamento Herdeiros de Porecatu, antiga Fazenda Variante. Eles receberam a bênção do padre e conversaram com a população.

Os manifestantes seguiram para Alvorada do Sul, onde passariam a noite. Eles vão se reunir com o prefeito e vereadores da cidade para debater a crise mundial que afeta o campo. "Os trabalhadores não podem pagar por esta crise", diz Diego Moreira, membro da coordenação do MST. "Este sistema visa à exploração por parte dos donos de terras e dos governos que se apropriam das riquezas e fazem demissões em massa com o corte dos direitos trabalhistas. O agronegócio e o latifúndio têm gerado o desemprego no campo." Segundo ele, as principais áreas improdutivas do Paraná estão em Florestópolis e Porecatu.

Segundo o MST, existem cerca de 100 mil famílias acampadas em todo país. Somente no Paraná são aproximadamente 7 mil famílias.

A marcha faz parte do Jornada Nacional da Luta pela reforma agrária. Hoje, mais 200 membros da coluna do Oeste sairão de Foz do Iguaçu, em caminhada, e seguem a Curitiba, com chegada prevista para o início de junho.

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