Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam, de terça até quinta-feira (15), agências do Banco do Brasil em vários municípios do Paraná. Segundo o coordenador do setor de produção do movimento, Jean Carlo Pereira, eles pretendem ser atendidos pelas gerências regionais para discutir uma pauta que inclui temas como a renegociação de dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), infra-estrutura nos assentamentos para o escoamento da produção e assistência técnica para as famílias assentadas.
"Precisamos viabilizar a construção de um crédito diferenciado para a agricultura familiar, além do Pronaf. Este programa tem atendido mais o grande e o médio produtor, já que impõe muitas condições, o que dificulta a liberação do crédito para quem, por exemplo, se dedica a agroecologia", disse Jean. Segundo ele, ainda existe muita burocracia para a agricultura familiar na hora de conseguir crédito ou refinanciar uma dívida, o que não acontece para grandes produtores que exportam produtos como a soja.
Os agricultores reivindicam que dívidas antigas, contraídas há mais de dez anos, sejam renegociadas. No entanto, diz Jean, às vezes, isso é muito difícil, porque muitas vezes é terceirizada pelos bancos.
As ocupações hoje estão ocorrendo nas agências bancárias dos municípios de Lapa, Ponta Grossa, Cascavel, Ivaiporã, Londrina, Quedas do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Pitanga, Manoel Ribas, Jardim Alegre e Querência do Norte.
Segundo a assessoria do Banco do Brasil, está prevista para a próxima quinta-feira(15), em Curitiba, uma reunião entre os integrantes do MST e a superintendência da instituição.
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