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Um grupo de integrandes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina ocupou na manhã desta terça-feira (11) o saguão do Ministério da Fazenda, em Brasília.

O MST informou que a manifestação desta terça-feira conta com cerca de dois mil participantes. Além de invadir o saguão, e impedir o acesso dos servidores, os manifestantes também permanecem do lado de fora do prédio.

Segundo a assessoria do MST, o ato é pacífico e os manifestantes exigem que o governo invista na promoção da reforma agrária no país, além do desenvolvimento dos assentamentos já instituídos. O grupo quer ainda um encontro com as pastas da Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Agrário, Incra e Casa Civil e só pretende deixar o local quando houver um acerto para uma reunião.

"A ocupação [do Ministério da Fazenda] já estava prevista. Aqui é o governo central. Queremos avançar na nossa pauta. Estamos há sete anos esperando. O governo [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva] está acabando e queremos avanços. A política do governo privilegia o agronegócio", afirmou o coordenador nacional do MST, Vanderlei Martins, presente à manifestação no Ministério da Fazenda.

O MST exige do governo o descontingenciamento de R$ 800 milhões do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos. Segundo o MST, a verba contingenciada representa 40% do orçamento da reforma agrária previsto para este ano.

Segundo a informações do MST, parte significativa das famílias acampadas do MST está à beira de estradas desde 2003. O ato desta manhã também exige o assentamento das 90 mil famílias acampadas pelo país e o investimento em habitação, infra-estrutura e produção de 45 mil famílias que estão assentadas apenas no papel. A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que acontece em todo o Brasil.

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