• Carregando...

São Paulo - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam ontem as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo e em Recife e foram impedidos pela PM de fazer manifestação em frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Não houve confronto. As ações fazem parte do movimento organizado esta semana para cobrar dos governos federal e estaduais agilidade na desapropriação de terras. Os sem-terra já promoveram protestos em 14 estados e permanecem em vigília no Incra em Brasília.

Um dos principais líderes do MST, João Pedro Stedile, afirmou ontem em São Paulo que o governo federal não tem honrado compromissos assumidos com os sem-terra. "É preciso que o governo respeite a lei", afirmou.

Os sem-terra querem o descontingenciamento de R$ 800 milhões do Incra para aplicação na desapropriação e obtenção de terras e ainda acelere o processo de assentamento das 110 mil famílias que vivem acampadas hoje no país.

Em São Paulo, cerca de mil sem-terra estão acampados desde o dia 10 no ginásio do Pacaembu. Logo pela manhã, cerca de 200 pessoas seguiram para a sede do Incra. Os funcionários foram dispensados e a entrada e saída das pessoas era controlada pelo MST.

Por volta das 10 horas um outro grupo de cerca de 500 sem-terra saiu com bandeiras vermelhas em direção ao Palácio dos Bandeirantes para tentar audiência com o governador José Serra (PSDB). A um quilômetro do local, a polícia impediu que os manifestantes prosseguissem. "Consi­de­ramos abusiva a atitude de PM de impedir uma manifestação pacífica. Um governador eleito pelo povo tem que receber o povo", afirmou Kelli Mafor­te, uma das líderes do MST.

Representantes do governo receberam das mãos dos líderes do MST uma pauta de reivindicações, mas não houve avanços, apenas ficou acertada nova reunião para o fim do mês.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]