Sete praças de pedágio gerenciadas pelas concessionárias Econorte e Viapar, no Norte do estado, foram ocupadas desde o início da manhã até por volta das 14h deste sábado (29) por movimentos sociais, liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Por volta das 08h30, manifestantes chegaram até os pontos de cobrança e abriram as cancelas em sete localidades.
O protesto acontece em solidariedade aos manifestos que acontecem no Paraná e no Brasil. As lideranças militam pelo fim dos pedágios, pela reforma agrária, e fazem um apelo direto à presidente Dilma Rousseff por maior diálogo do governo com os movimentos sociais.
Até o início da tarde desta sábado, não houve registro de depredações ou violência em nenhum dos locais. Pela Viapar, as praças ocupadas foram as de Arapongas (37 km de Londrina), Floresta (a 30 km de Maringá), Mandaguari (a 37 km de Maringá), Presidente Castelo Branco (a 28 km de Maringá) e Corbélia (a 240 km de Maringá).
De acordo com a Viapar, cerca de 100 pessoas em cada uma das praças participaram, exceto Arapongas, que contou com mais de 200 manifestantes.
Já a Econorte esteve com as praças de Jacarezinho (144 km de Londrina) e Jataizinho (25 km de Londrina) sob ocupação, também por integrantes do MST. Em Jacarezinho, chegaram seis ônibus lotados de manifestantes. No ponto de Jataizinho foram oito veículos.
As concessionárias informam que os funcionários e equipamentos foram retirados das cabines, por precaução, mas até o momento nenhuma depredação ou ato violento foi registrado.
Reivindicações
Segundo um dos dirigentes do MST no Paraná, João Flávio Borba, o protesto pede o fim dos pedágios, a reforma agrária e maior atenção do governo aos movimentos sociais. "Nossa pauta central é pelo fim dos pedágios. Consideramos que toda a população brasileira é afetada pelas cobranças e os transportes no Brasil são geridos de maneira antidemocrática", explica o coordenador.
"Mas há outras reivindicações em foco. As praças de pedágio que ocupamos foram escolhidas nas regiões onde existem os principais assentamentos rurais do estado. Assim, também aproveitamos o ato para chamar atenção em favor da reforma agrária", afirma Borba.
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