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Os protestos em defesa da Petrobras marcados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST ) para a próxima semana em todo o Brasil tem tirado o sono da população de Quedas do Iguaçu, no Cento-Sul do Paraná, que teme por uma nova ocupação nas terras da empresa Araupel - que atua no reflorestamento e beneficiamento de madeira.

Em julho do ano passado um grupo de sem-terra, composto em sua maioria por filhos de pessoas ligadas ao movimento, ocupou uma área onde está cultivando. Em duas décadas, a fazenda Araupel já foi invadida quatro vezes e teve dois terços de suas terras desapropriadas, o que corresponde a mais de 50 mil hectares. A Polícia Militar reforçou o policiamento na cidade devido aos boatos de nova invasão. De acordo com informações da 2ª Companhia da PM, equipe do Choque de Cascavel e do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) estão na cidade. A preocupação aumentou depois que um grupo de sem-terra devastou 200 hectares de reflorestamento na semana passada e deixou as árvores no local.

De acordo com Renata Pisoni, gerente financeira da Araupel, o prejuízo deixado foi superior a R$ 1 milhão. Lideranças do MST confirmam que haverá mobilizações na próxima semana na região de Quedas do Iguaçu, inclusive com ocupação de prédios públicos.

Os líderes do MST ouvidos pela reportagem não confirmam nova ocupação em março, mas afirmam que o movimento tem um juramento de ocupar 100% das terras da Araupel desde a morte de dois membros do movimento há quase duas décadas durante confronto com seguranças. Nesta segunda-feira (9) haverá uma manifestação pública na cidade em apoio aos professores e caminhoneiros. O comércio da cidade vai fechar. Os manifestantes pretendem também cobrar o cumprimento da reintegração da área ocupada.

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