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Até o fim deste mês, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta-2), que fica em Curitiba, vai passar a monitorar alguns vôos que atualmente são de responsabilidade do Cindacta-1, localizado em Brasília. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (3) pelo Comando da Aeronáutica.

De acordo com estudo realizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o Cindacta-2 vai passar a controlar dois setores que hoje são de responsabilidade do Cindacta-1. A medida, segundo a Aeronáutica, é para melhorar o controle do fluxo aéreo no país.

O Cindacta-1 abrange uma região com um grande fluxo aéreo, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. O Centro Integrado que fica em Curitiba tem a mesma estrutura do controle aéreo de Brasília, de acordo com a Aeronáutica, mas por outro lado tem um número menor de vôos para controlar.

Ainda estão sendo realizadas reuniões no Decea para a proposta da mudança ser definida. A Aeronáutica acredita que no máximo em duas semanas o estudo esteja concluído. Em princípio, dos 13 setores coordenados pelo Cindacta-1, dois passariam para o controle do Cindacta-2. Ainda não estão definidos quais serão esses novos setores que o controle de Curitiba vai receber, no entanto, a idéia é que sejam setores mais ao norte o possível do Cindacta-2, para que haja a "continuidade" do controle dos vôos.

Como o estudo ainda está em desenvolvimento, a proposta pode evoluir e o número de setores atribuídos à responsabilidade de Curitiba pode subir para três, caso seja comprovada a necessidade. Segundo o Comando da Aeronáutica até o dia 31 deste mês a mudança deve estar implantada.

A Aeronáutica afirma que, por enquanto, não pode se manifestar sobre a quantidade de vôos que o Cindacta-2 passará a controlar com a mudança, nem se a quantidade de pessoas que trabalham no centro será suficiente para a demanda. Com a divulgação do estudo do Decea, que deve acontecer em no máximo duas semanas, as questões técnicas devem respondidas, de acordo com a Aeronáutica.

Malha aérea

Na segunda-feira (1º) começou a funcionar a nova malha área do Brasil, que tem o objetivo de desafogar o tráfego aéreo do aeroporto de Congonhas. No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, a nova adequação acabou aumentando os vôos com origem ou destino para Congonhas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, antes de ser implantada a nova malha área, a média de operações com saída ou chegada em Congonhas, que passava pelo Afonso Pena, era de 59 vôos. A partir desta segunda-feira a média aumentou para 63 vôos.

Com a nova malha, Congonhas passará a ter 33 operações (pousos e decolagens) por hora - antes da reforma da pista principal eram 48 - o que significará 4.700 passageiros/hora no terminal de embarque e desembarque. Poderão sair do aeroporto vôos para destinos num raio de mil quilômetros, o que abrangerá 88 aeroportos do Sudeste, do Sul e de parte do Centro-Oeste. O aeroporto de Congonhas não terá mais opções para o Norte e o Nordeste do Brasil.

Acidente da TAM

A decisão de diminuir a quantidade de vôos em Congonhas foi em razão do maior acidente aéreo do Brasil. No dia 17 de julho deste ano, o Airbus A320 da TAM não conseguiu parar na pista do aeroporto de Congonhas e explodiu ao se chocar com o prédio da TAM Express.

Todos os 189 passageiros que estavam no avião morreram, outras 10 vítimas fatais estavam no prédio da TAM e outra pessoa que morreu estava no posto de gasolina ao lado, que foi parcialmente destruído com a explosão.

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