As mudanças no vestibular da UFPR dividiram opiniões nos cursinhos pré-vestibulares de Curitiba. Para alguns, a nova categoria de treineiros atende a uma antiga reivindicação. "É uma mudança justa para quem não pode ingressar de imediato na universidade", acredita Ary Herculano de Souza, diretor do curso Dom Bosco.

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Já Renaldo Franque, do Expoente, acha que a mudança poderá desestimular os estudantes. "A melhor sensação para qualquer vestibulando é ver seu nome na lista de aprovados e os treineiros só saberão seu escore." A aluna Joara Pereira acha a medida inútil. "Se um aluno do terceiro ano perde em nota para um do segundo, ele nunca conseguiria uma vaga", diz.

A divisão de opiniões também ocorre em relação à criação da terceira fase para os cursos de Matemática, Matemática Industrial e Estatística. "São cursos com vagas de extrema exigência, atingindo até 65% de desistência. A medida poderá diminuir esse índice", espera Jacir Venturi, diretor do Decisivo e do Unificado. Para Renato Vaz, do Grupo Positivo, "são seis meses de experiência – um bom tempo perdido para quem não atingir boas médias."

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Algumas candidatas ao curso de Matemática não vêem a experiência dessa forma. "Poderemos ter uma noção exata do que é o curso e descobrir se é isso o que queremos", espera Andréia Teles, 26 anos. Sua colega, Amanda Machado, 17 anos, confirma: "Se não der, volto e tento de novo, com mais conhecimento."