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PNE, escolas cívico-militares, educação sexual

Muitos se gabam pela educação do país que está entre as piores do mundo, diz Nikolas Ferreira

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) respondeu às críticas sobre sua falta de experiência para presidir a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Em entrevista à CNN, o deputado afirmou que muitos dos que trabalham há anos no setor não conseguiram melhorar a qualidade do ensino no país.

"Obviamente será um desafio presidir uma comissão, nunca presidi antes, então ninguém pode dizer nada a respeito do meu trabalho. O que eu posso analisar é o trabalho anterior. Muitos, inclusive, que vieram me criticar a respeito da falta de experiência, citaram políticos se gabando por terem trabalhado anos e anos em prol da educação no Brasil. Eu aconselho a não fazerem isso, já que eles estão se gabando pela atual educação no Brasil, que está entre as piores do mundo, na 53ª posição do Pisa [ranking internacional], que tem tido cortes de verba tanto para repasse das universidades federais quanto também para a educação básica."

Nikolas disse ainda que atuará democraticamente como mediador da Comissão, apesar "da democracia relativa" do país, citando temas caros à direita, como o Plano Nacional de Educação, as escolas cívico-militares, alfabetização nas escolas e doutrinação de esquerda.

Perguntado sobre educação sexual nas escolas, o deputado disse ser favorável a uma abordagem biológica e não ideológica. "Sou contra o professor se colocar na posição de educador sexual, contra o que passar de biologia", afirmou. "A educação sexual se dá em casa com os pais. O tema deve ser tratado na escola porque é um tema de biologia. Inclusive, se as pessoas se ativessem mais às questões biológicas, teriam menos discussões com relação a isso".

Em relação à doutrinação de esquerda, o deputado defende que todos tenham liberdade acadêmica, dizendo que muitos professores e alunos conservadores ou de direita são perseguidos nas universidades. "Eu sofri isso na pele", afirmou. "Não defendo uma educação de direita, nem de esquerda, nem de centro. Eu defendo uma educação de fato que tem interesse na produção de conhecimento nas universidades."

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