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Violência

Mulher arrastada por carro da PM foi morta por tiro, aponta laudo

Um tiro, que perfurou o coração e o pulmão, foi a causa da morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, e não o fato de ter sido arrastada por cerca de 250 metros, pendurada no porta-malas de um carro da PM, segundo laudo parcialmente divulgado nesta terça-feira (18) pela Polícia Civil do Rio.

A Polícia Civil não informou se o tiro foi disparado de curta ou longa distância, nem a trajetória da bala ao entrar no corpo, o que poderia indicar a posição de Cláudia quando foi atingida. Ela foi baleada domingo (16) durante troca de tiros entre bandidos e PMs, que realizavam operação no Morro da Congonha, em Madureira (zona norte).

Amiga de Cláudia, a dona de casa Viviane da Silva, 38 anos, disse que a auxiliar de serviços gerais estava sentada quando um dos policiais atirou nela. Nesse caso, a bala teria feito um trajeto de cima para baixo.

Perguntada sobre a trajetória do tiro, a assessoria da Polícia Civil informou que "o laudo é peça do inquérito e detalhes dele não serão divulgados".

Os três policiais que colocaram Cláudia no porta-malas para levá-la ao hospital, os subtenentes Rodney Miguel Archanjo e Adir Serrano Machado e o 3.º sargento Alex Sandro da Silva Alves, foram indiciados sob acusação de infringir o artigo 324 do Código Penal Militar - deixar de observar lei, regulamento ou instrução no exercício da função.

Em nota divulgada segunda (17), a PM informara que nos cursos de formação os policiais aprendem que "o procedimento adequado é o socorro da vítima no banco traseiro da viatura".

Mas os três poderão ser indiciados também sob suspeita de homicídio no inquérito que tramita na Polícia Civil. Eles estão presos em Bangu 8, na zona oeste.

De acordo com a Polícia Militar, o subtenente Rodney Archanjo está há 29 anos na corporação; o subtenente Adir Machado tem 25 anos na PM; e o terceiro sargento Alex Alvex é policial há 15 anos.

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