Parentes e vizinhos de Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, morta no domingo ao ser atingida por duas balas perdidas no morro da Congonha, em Madureira, zona Norte do Rio, afirmam que os PMs afastaram com empurrões e dois tiros para o alto os moradores que tentavam socorrer a vítima. Em seguida, eles teriam levado a mulher no porta malas da viatura com o braço dela pendurado. Segundo laudo, um tiro, que perfurou o coração e o pulmão, foi a causa da morte de Cláudia.
Os moradores contam que os policiais deixaram a auxiliar de serviços gerais cair pela primeira vez na Rua Buriti, na comunidade, em Madureira. Depois, arrastaram ela por pelo menos 300 metros na Avenida Intendente Magalhães, no Campinho, bairro vizinho.
A filha mais velha de Cláudia, Thaís Lima, 18, disse que os PMs acharam que sua mãe tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A jovem também viu a mãe no chão e chegou a correr atrás do carro da polícia. "Bati na porta do carro, pedi pra eles pararem, mas não me ouviram", contou. A vítima seguia com R$ 6 para comprar pão e mortadela para os quatro filhos e quatro sobrinhos que criava com o marido.
Dois dos três PMs que estão presos têm 62 autos de resistência (mortes de suspeitos em confrontos com a polícia). Pelo menos 69 pessoas morreram em supostos tiroteios dos quais os policiais participaram desde 2000. O subtenente Adir Serrano Machado tem 57 registros de autos de resistência (com 63 mortos). O subtenente Rodney Miguel Archanjo aparece em cinco ocorrências (com seis mortos).
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