Umuarama Uma dona de casa que mora no interior de São Paulo descobriu que foi declarada morta há 27 anos no Paraná e tem, inclusive, uma lápide no cemitério de Umuarama, na Região Noroeste do estado. Evandina da Silva Freitas, 56 anos, foi surpreendida pela notícia ao dar entrada na documentação para se casar pela segunda vez. Ontem, ela esteve em Umuarama, pela primeira vez, para conhecer o túmulo onde, aos olhos da lei, estaria sepultada. De acordo com os registros do cemitério local, Evandina teria morrido em 1979, vítima de hemorragia.
Durante os 27 anos em que aparece como morta, Evandina levou uma vida normal. Ela disse que tem conta bancária, vota em todas as eleições, apresenta na Receita Federal a declaração de isenta e tem crediário em várias lojas. Agora, para casar novamente, ela terá de provar que está viva. Para isso, terá de contratar um advogado e mover uma ação judicial para anular a certidão de óbito.
Evandina disse que foi casada por cinco anos com Francisco Gomes de Freitas, com quem teve quatro filhos, e a separação ocorreu em meados dos anos 70, em Cianorte. Ela afirma que perdeu o contato com o ex-marido e fala, esporadicamente, com apenas um filho.
A Polícia Civil abriu um inquérito para descobrir a verdadeira identidade do cadáver que foi enterrado. Evandina ficou sabendo, ontem mesmo, que o corpo sepultado com o seu nome é o da segunda mulher de Freitas, Natalina da Silva, com quem ele viveu seis anos e teve cinco filhos. Natalina teria morrido de complicações no parto do quinto filho e, como ela não possuía documentos pessoais, Freitas utilizou a certidão do primeiro casamento para fazer o sepultamento e não deixar a mulher ser enterrada como indigente. Uma irmã de Natalina, que pediu para não ter o nome divulgado, mora em Umuarama e ao ouvir o caso num programa de rádio local elucidou o mistério ontem.
Ela revelou que a irmã fugiu de casa para morar com Freitas porque os pais não queriam o casamento, já que ele era separado. A família até ficou sabendo da morte de Natalina, em 1979, mas ninguém foi ao velório, nem sabia onde ela estava sepultada. Depois da morte dela, Freitas doou os filhos e desapareceu. A polícia convocou Evandina e a família de Natalina para prestar depoimento, o que deve ocorrer ainda nesta semana, em Umuarama.
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