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Três estátuas quebradas, quatro quadros danificados, um altar revirado e um prejuízo estimado em R$ 4 mil. Este foi o resultado da passagem de uma mulher de 32 anos pela Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), ontem pela manhã. Dizendo-se "mensageira de Deus", ela invadiu o salão paroquial anunciando que iria "tirar o demônio" do local. As missas vêm sendo realizadas no salão porque a igreja, que fica no bairro Afonso Pena, está sendo reformada.

A destruição foi presenciada por Circe da Silva, zeladora de 53 anos que limpava o local quando a mulher chegou. "Foi logo depois da catequese. O salão estava vazio e ela perguntou se podia subir para rezar", disse Circe. "Logo depois, ouvi um barulho e fui ver o que era. Ela tinha quebrado uma imagem de Nossa Senhora", continuou.

Quando o secretário paroquial, Fernando Sá Fortes, 25 anos, chegou ao salão, o estrago já estava feito. "Ela dizia que precisava quebrar as imagens para acabar com o demônio", disse Fernando, que deteve a mulher e chamou a Polícia Militar. Ela acabou sendo atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a encaminhou para o Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM), no bairro Alto da XV, em Curitiba, onde seria submetida a uma triagem. Até o fechamento desta matéria, ela permanecia no CPM.

A mãe adotiva da mulher disse que ela sofre de problemas mentais. "Ela usava drogas e ficou com problemas. Quebrou dois quadros na minha casa, para acabar com a idolatria", afirmou. Para ela, a filha foi influenciada por um pastor da igreja evangélica que estava freqüentando nos últimos meses. "Todo dinheiro que pega ela leva para igreja. Ele [o pastor] disse que não era mais para ela tomar o remédio que o médico receitou", relatou.

Ontem, a reportagem entrou em contato com a sede da igreja em Curitiba. Um pastor prometeu dar um posicionamento sobre o assunto. Até o fechamento desta matéria, no entanto, a igreja não havia se posicionado oficialmente. Em São José dos Pinhais, na igreja que seria freqüentada pela mulher, todas as pessoas que estavam lá disseram que não a conheciam.

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