Uma mulher de 53 anos foi morta por três cães da raça pastor alemão na manhã desta quinta-feira (7) em Juvinópolis, distrito de Cascavel, no Oeste. Antônia de Jesus se dirigia ao trabalho acompanhada do filho adotivo, de 10 anos, quando os animais escaparam de uma unidade da cooperativa Coopavel e partiram para cima da criança. No momento em que tentou defender o filho, a mulher foi atacada pelos cães, teve o couro cabeludo completamente arrancado e partes do corpo dilaceradas. Os animais ainda deixaram a mulher nua.
Antes de perder a consciência, Antônia disse ao filho para pedir socorro e mesmo ferido pelos animais o garoto conseguiu ir até a casa de uma tia. Os animais só soltaram a vítima quando os familiares fizeram disparos para o alto com uma espingarda de pressão. Socorrida com vida, a mulher morreu pouco tempo depois no Hospital Universitário. O menino ficou ferido, mas sem gravidade.
Testemunhas relataram que os animais escaparam por um buraco que há na tela da cerca da unidade e que moradores já haviam solicitado que fosse consertado, pois temiam ataques dos animais. Procurada, a Coopavel não se manifestou sobre o incidente até o fechamento desta edição.
Territorialistas
Adestrador de cães, o tenente Felipe Malheiros, comandante do Pelotão de Choque da Polícia Militar em Cascavel, diz que os cães da raça pastor alemão são territorialistas e defendem seus espaços. “Não precisa necessariamente entrar no espaço dele, é como quando a pessoa passa em frente a uma casa e o cão começa a latir. Na cabeça dele é uma ameaça e se abrir o portão ele vai atacar”, explica. Segundo o tenente, isso não significa que os animais sejam violentos. A agressividade, segundo o policial, depende da forma como foram criados e socializados com as pessoas. “Não quer dizer que ele não possa ser criado em casa junto com crianças”, declara.
A Polícia Civil informou que será instaurado um inquérito para investigar o caso.
