Prédios em áreas nobres de Curitiba estavam no alvo da quadrilha.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Uma mulher discreta, de 46 anos, que passava facilmente pelo hall de apartamentos de luxo é acusada de causar um prejuízo de aproximadamente R$ 13 milhões. Ela foi presa, em São Paulo, por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba, na última terça-feira (8). Na casa dela, os policiais encontraram relógios e algumas joias. As peças mais valiosas, no entanto, já não mais estavam lá.

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Conforme as investigações, ela fazia parte de uma quadrilha especializada em furtos qualificados de apartamentos de luxo que atua em diversos estados do Brasil. Entre as vítimas estão um ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um ex-secretário de Estado do Paraná. Conforme a polícia, ela responde a pelo menos 40 processos.

O último furto foi na cidade de Itumbiara, no estado de Goiás, três dias antes de ela ser presa. Nesta ação, foram levadas joias avaliadas em R$ 1 milhão. Segundo a polícia, a mulher agia sempre da mesma forma: acompanhada de outra mulher, as duas invadiam os prédios e faziam a limpa. “O foco era sempre as joias. Elas passavam despercebidas pela portaria e, de forma aleatória, escolhiam os apartamentos”, explicou o delegado André Feltes. Para entrar, elas usavam uma chave micha. Depois, saiam tranquilamente dos edifícios com as joias na bolsa. Atuavam desde 2009 e de lá para cá, além do Paraná, furtaram apartamentos de São Paulo, Pernambuco, Alagoas e Goiás.

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Em Curitiba, as ações eram nos bairros Água Verde, Cabral e Cristo Rei. Algumas das invasões – como a nos bairros Cabral e Água Verde – foram registradas por câmeras de segurança e isso ajudou na investigação. Ainda no Paraná, a quadrilha também é suspeita de invadir apartamentos nas cidades de Cambé e Londrina, no Norte do Estado.

Dois comparsas estão foragidos. A mulher chegou a ser trazida para Curitiba, mas deve ser transferida nos próximos dias para São Paulo, onde vai ficar presa. Ela vai responder pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado. Informações que possam ajudar nas investigações podem ser passadas para a DFR através do telefone (41) 3218-6100.