A prisão de dois homens na última sexta-feira (11), apontados como os assassinos da mulher que foi encontrada esquartejada no Centro Cívico no início de novembro, esclareceu o assassinato de Júlia Alvarenga Formizano, de 37 anos, de acordo com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Além de determinar a autoria do crime, a investigação da Polícia Civil conseguiu determinar o local e a razão da morte da mulher e a participação dos moradores de rua, presos na mesma semana do crime.
Os homens presos têm 18 e 35 anos. As investigações, conforme a própria DHPP, foram intensas, mas fluíram de maneira mais fácil porque houve a colaboração de testemunhas. Segundo a delegada Sabrina Alexandrino, a mulher foi assassinada dentro de um apartamento, no Centro Cívico. Ela foi asfixiada e depois foi esquartejada.
O motivo do crime seria a venda de drogas. Conforme a polícia, Júlia era usuária de drogas e teria levado entorpecentes dos dois acusados de serem os autores do crime. “Ela dormiu uma noite no apartamento, sabendo que havia drogas no local ela pegou, vendeu e eles se vingaram dela”, explicou a delegada.
Segundo a delegada, a dupla teria forçado Júlia a da confessar que pegou a droga. Como ela não disse nada, eles decidiram matá-la. “Chegaram a perguntar pra ela de que forma ela queria morrer, se asfixiada ou por um tiro. Eles usaram um fio de computador para enforcá-la e depois terminaram de mata-la com um travesseiro por cima do rosto”.
Uma noite no apartamento
Após a morte da vítima, a dupla não sabia o que fazer com o corpo. “Eles decidiram dormir no apartamento com o cadáver no local. No outro dia, em comum acordo, decidiram serrar a perna da vítima para que pudessem esconder as partes”, explicou a delegada.
A dupla teria combinado com os moradores de rua para que eles buscassem o corpo. “Em troca de dinheiro ou de drogas, no horário combinado, os moradores de rua pegaram o corpo e só ‘desovaram’ próximo ao local do crime por causa da chuva. A ideia era deixar em um bairro mais afastado, mas a chuva os atrapalhou”.
Testemunhas e câmeras
Os policiais descobriram que o crime aconteceu dentro de um apartamento por causa das imagens das câmeras de segurança. “Nós descobrimos o endereço, nossa equipe entrou no prédio, conversou com várias pessoas que nos disseram que em um apartamento havia movimentação típica de tráfico de drogas, com entra e sai e pessoas”.
Quando os policiais conseguiram entrar no apartamento, um dos rapazes jogou uma serra pela janela e uma porção de droga. Enquanto os policiais buscavam descobrir o que ele havia jogado pela janela, ele fugiu pela entrada do prédio, mas foi preso na sequência.
A perícia do Instituto de Criminalística encontrou no apartamento indícios de que o crime foi praticado lá. “Foram encontradas manchas de sangue num colchão, fragmentos no tanque do apartamento, pedaços de pano sujos, uma faca e a serra supostamente usadas no crime. Tudo isso foi recolhido”, contou a delegada.
Além das câmeras de segurança, várias testemunhas ajudaram no trabalho da DHPP. “As pessoas conseguiram nos passar muitas informações, que foram importantíssimas”, considerou Sabrina Alexandrino.
- Presos mais dois suspeitos de esquartejar mulher em Curitiba
- Quase uma semana depois, mulher que foi esquartejada no Centro Cívico é identificada
- Polícia identifica segundo suspeito de esquartejar mulher em Curitiba
- Polícia procura segundo suspeito de esquartejamento no Centro Cívico
- Corpo de mulher é esquartejado e partes são encontradas no Centro Cívico
Menos comida na mesa: preço de alimento supera inflação e sobe quase 50% em quatro anos
Manifestantes lotam Praça da Liberdade para pressionar Pacheco a pautar impeachment de Moraes
Israel lança ataque em grande escala contra rebeldes houthis no Iêmen
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião