Pouco mais de um mês após entrar para o Guinness Book, o Livro dos Recordes, como a mulher mais velha do mundo, Maria Gomes Valentim, de 114 anos, morreu ontem na Casa de Caridade de Carangola, na Zona da Mata mineira. "Vó Quita", como era conhecida, nasceu em 1896 e faria 115 anos no próximo dia 9 de julho.Ela estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desde o último domingo para tratar de uma pneumonia. No dia seguinte, seu quadro agravou-se e evoluiu para uma infecção generalizada. Vó Quita já respirava com ajuda de aparelhos desde a internação, mas na madrugada de ontem não resistiu. O corpo dela será enterrado em Carangola.
O reconhecimento de que a anciã era a mulher mais velha do mundo foi divulgado em 18 de maio. Segundo o Guinness, ela havia superado em 48 dias a antiga detentora do título, a norte-americana Besse Cooper, da Georgia (EUA). Vó Quita atribuía sua longevidade a uma vida saudável e à alimentação adequada, apesar de ter assumido gostar de feijoada.
Após conquistar o recorde, ela contou que todos os dias tomava café da manhã à base de pão, café, frutas e leite e comia verduras e legumes também diariamente. Assumiu ainda tomar uma taça de vinho esporadicamente. Segundo a família, o pai dela também havia ultrapassado os 100 anos.
Nascida sete anos após o fim do Império no Brasil, Maria era viúva desde 1946, quando morreu seu marido, João Valentim, com quem havia se casado em 1913 e teve um filho, morto aos 75 anos. Vó Quita deixou quatro netos, sete bisnetos e cinco trinetos.
