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Colombo

Mulher mantida em cativeiro é libertada após nove meses

Uma mulher que era mantida em cárcere privado há nove meses foi libertada na última sexta-feira (16). O cativeiro era uma casa do bairro Rio Verde, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Segundo uma reportagem da Gazeta do Povo desta terça-feira (20), a mulher, cujo nome não pode ser divulgado a pedido da família, era mantida em cativeiro pelo ex-marido, Dirceu Jacobi, de 29 anos. Ele é foragido da polícia. Em 2006, Jacobi teve prisão decretada por um homicídio ocorrido em 9 de fevereiro daquele ano, mas não foi pego.

De acordo com o jornal, a vítima foi encontrada com a cabeça e as sobrancelhas raspadas, o corpo repleto de hematomas e queimaduras de cigarro e o órgão genital machucado. Com 20 anos de idade, estava pesando 35 quilos, o equivalente a um pré-adolescente de 12 anos.

Ação

A mulher foi surpreendida no dia 21 de junho do ano passado, enquanto andava numa rua de Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Desde então ficou em poder de Dirceu, possivelmente com mudanças eventuais de cativeiro. Ela passou a morar com Dirceu quando tinha 16 anos de idade. Tomado pelo ciúme, ele a agredia com freqüência.

Ao descobrir que a família dela o denunciaria à polícia, no dia 9 de fevereiro de 2006, ele invadiu a casa da cunhada e a matou com um tiro na cabeça, deixando o marido baleado na perna. A mulher fugiu e passou a viver na casa da mãe, até ser seqüestrada na rua. Desde então, nunca mais pôde ver a mãe. Ocorriam raros contatos por telefone, sempre sob a vigilância de Dirceu, que não a deixava revelar o endereço do cativeiro pois era foragido da polícia. O mandado de prisão pela morte da cunhada nunca chegou a ser cumprido.

Liberdade

O caso está sendo acompanhado pela delegada Márcia Rejane Marcondes, que há 20 dias assumiu a delegacia do Alto Maracanã. Segundo a delegada, Jacobi espancava a mulher e ameaçava matar ela e sua mãe caso denunciasse o lugar do cativeiro. Durante os nove meses de cárcere, era submetida a todo tipo de sevícia e abusos sexuais. A vítima só foi libertada porque chegou ao limite do esgotamento físico e mental.

Com receio de que ela morresse, Dirceu ligou para um conhecido da família dela e avisou onde a moça poderia ser encontrada. Ela foi hospitalizada e terá de passar por uma cirurgia para reparar o órgão genital. A polícia ainda não sabe o paradeiro de Dirceu.

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