Há quase um mês, o representante comercial Jorge Mariano Marcondez Ferraz, de Maringá, foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto em Curitiba. No entanto, até o momento, nenhum acusado de ter cometido o crime foi detido. A revolta pela demora na solução do caso fez com que a família publicasse uma carta aberta ao secretário de Estado de Segurança Pública, Cid Vasques, em uma rede social.
O texto, escrito pela esposa da vítima, Ângela Ferraz, foi postado filho do casal no Facebook. Na carta, a viúva, que presenciou a morte do marido, questiona o trabalho de investigação da polícia da capital. "Por que até agora, quase um mês após o fato, ainda não recebi qualquer tipo de contato sobre as investigações? O que está sendo feito? Quem está sendo procurado?"
O crime ocorreu no dia 27 de março, uma quarta-feira, por volta das 21 horas. Jorge Ferraz, de 54 anos, foi atingido por três tiros na Rua Inácio Lustosa, no bairro São Francisco, próximo ao Shopping Mueller. De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu durante tentativa de roubo do veículo em que o casal estava.
A vítima chegou a ser socorrida por uma equipe Siate, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do Hospital Evangélico. O crime ocorreu no dia em que Ângela comemorava aniversário. O casal havia acabado de chegar à Curitiba para passar o feriado da Páscoa com os filhos, que residem na capital paranaense.
Na carta, Ângela relata que o autor dos disparos aparentava estar completamente drogado. "O que realmente me incomoda é que, no bairro São Francisco, uma das regiões mais movimentadas de Curitiba, conhecida pela grande frequência de usuários de drogas e por alguns crimes menos violentos, como furtos e roubos, não havia sequer uma viatura de patrulha. (...) A falta de patrulhamento permitiu que o criminoso fugisse andando", declarou Ângela, que também criticou o tratamento dado por alguns órgãos de imprensa ao caso. "Chegaram como urubus revoando a carniça."
Por telefone, a assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que a pasta se solidariza com a dor da família e ressaltou que as investigações sobre crime estão em andamento.
Investigações avançaram pouco, afirma polícia
A Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba afirmou que tomou todas as providências para tentar solucionar o crime, mas as investigações avançaram pouco. Segundo o delegado Daniel Fagundes Prestes, não há imagens do suspeito e as testemunhas ouvidas não foram capazes de fornecer características que pudessem ajudar na elaboração de um retrato falado. "Ouvimos a mulher e o filho da vítima, mas eles não conseguiram ver o rosto do atirador", disse.
Um jovem que presenciou o crime foi espontaneamente à delegacia e disse ter ouvido quando o suspeito anunciou o assalto. Ele, no entanto, também não forneceu detalhes da aparência do criminoso. "Todos falaram que ele era moreno, usava capuz e parecia muito sujo. São características bem comuns a usuários de drogas, mas não temos como identificar um suspeito", disse o delegado.
O rapaz também informou que o atirador desceu a Rua Inácio Lustosa e virou na Rua Barão do Serro Azul, em direção à Praça Tiradentes. A polícia disse que procurou os estabelecimentos comerciais da região, mas eles só tinham imagens do circuito interno, e a câmera da rua, controlada pela Guarda Municipal, estava desligada.
A Guarda Municipal confirmou que o equipamento está com defeito desde dezembro do ano passado e que não foi consertado ainda porque a manutenção não foi inserida no orçamento de Curitiba para 2013.
Como se tratava se uma tentativa de roubo de carro, o caso deve ser encaminhado para a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos nos próximos dias, afirmou Prestes.
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