Uma mulher era a pessoa responsável por abastecer o mercado de entorpecentes do Bairro Alto, em Curitiba. Segundo policiais, toda semana ela vinha de ônibus de São Paulo (SP) com uma mochila cheia de maconha e crack, distribuídos a revendedores curitibanos. A última viagem de Elizângela da Silva, 30 anos, não chegou ao fim. Ela foi presa na quinta-feira. "Esse esquema tem ligação com o crime organizado de São Paulo, há mais de um ano e meio ela tinha essa função. Ela confirma que recebia ordens de um preso do sistema penitenciário paulista", conta o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Agora, a polícia trabalha para identificar esse detento, que usa celular de dentro da cadeia e passava os contatos das pessoas que deviam receber as drogas.

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Com uma foto da moça e com informações de que ela sempre desembarcava perto do Trevo do Atuba, na BR-116, em Curitiba, investigadores do Cope montaram uma barreira na região. No fim da tarde de quinta, com o apoio de cães farejadores, abordaram todos os veículos vindos de São Paulo. Elizângela foi presa em flagrante com três quilos de crack e dois de maconha.

Nos termos policiais, Elizângela era a "mula" do esquema, ou seja, a pessoa responsável pelo transporte do entorpecente. Ela conta que recebia R$ 400 para cada viagem que fazia. Se condenada, a mulher pode ficar presa por até 15 anos. "Agora tentamos identificar os fornecedores e os receptadores da droga", adianta o delegado.

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