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Mulheres integrantes da Via Campesina deram início nesta quarta-feira (3) a uma série de protestos pelo Rio Grande do Sul, marcando o que elas chamam de "jornada de lutas do 8 de Março (Dia Internacional da Mulher)". As ações se concentraram em Porto Alegre e Esteio, na região metropolitana.

No Vale do Rio Pardo, cerca de 2 mil manifestantes do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) foram contidos pela Polícia Militar. Eles queriam se aproximar do palanque onde estava a governadora Yeda Crusius, durante solenidade de abertura da Expoagro, em Rio Pardo. Eles pedem medidas de ajuda aos plantadores de fumo, endividados por causa de uma alegada quebra de 40% da safra. Uma mulher ficou ferida por bala de borracha.

Em Porto Alegre, no final da manhã, outro grupo de mulheres da Via Campesina tomou, por quase duas horas, o sétimo andar da superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Espalharam sementes de arroz e soja. Na cidade de Esteio, a empresa Solae, processadora de soja transgênica, também foi alvo de protestos.

Ainda em Porto Alegre, à tarde, um grupo de manifestantes seguiu para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufgrs) para questionar a implantação de um parque tecnológico de pesquisas. Segundo a Via Campesina, o empreendimento é destinado a pesquisas para multinacionais. A assessoria de imprensa da Ufrgs informa que a criação do parque ainda depende de aprovação do conselho universitário.

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