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Se a média de tempo gasto por um homem em cuidado com os membros da família é de 26 minutos por dia, a da mulher é de 52 minutos. Quase o dobro do tempo. Em um ano, a diferença é de 153 horas a mais de trabalho feminino. Se essas horas dedicadas fossem remuneradas com o valor médio pago a uma creche, as mulheres receberiam cerca de US$ 4,6 mil por ano e os homens mais de US$ 2,3 mil.
Isso é o que mostrou uma análise da ONG americana National Partnership for Women & Families em relação à pesquisa “2022 American Time Use Survey”, que tratou sobre como os americanos empregam o tempo.
Se 22% das mulheres se dedicam ao cuidado dos membros da família, cerca de 14% dos homens assumem essa responsabilidade. Sobre o cuidado especificamente com as crianças que vivem com elas, elas gastam 31 minutos a mais que eles. Apenas em relação ao cuidado com adultos não pertencentes à família, os homens se ocupam mais que as mulheres. Mas a diferença não é grande, eles se dedicam menos de 2 minutos diários a mais que elas.
A pesquisa sinalizou também que as mulheres latinas dispensam uma hora a mais quando comparadas com outros grupos de mulheres (brancas, negras e asiáticas).
Home office é uma saída
A vida profissional das mulheres é impactada pelo tempo dedicado à família. O estudo também apontou que, após a pandemia da Covid-19, as mulheres têm maior probabilidade de trabalhar remotamente, o que facilita os cuidados com o lar. Segundo a ONG americana, 75% dos cuidadores que trabalham em casa - e economizam tempo de deslocamento - empregam esse tempo com os filhos.
Entre as soluções apontadas pela National Partnership for Women & Families, especialmente para a equidade entre os gêneros, consideram a oferta de licenças remuneradas e creches públicas.