As mulheres que entram na menopausa precocemente podem envelhecer mais rápido do que aquelas que entram mais tarde no climatério, segundo um estudo publicado na segunda-feira (25) que pode ajudar a identificar as mulheres com maiores riscos de terem doenças relacionadas à idade.
As descobertas podem resolver uma antiga discussão, afirmou Steve Horvath, professor de genética humana e bioestatística na Escola de Medicina David Geffen School da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
“Por décadas, os cientistas discordaram sobre se a menopausa causa o envelhecimento ou se o envelhecimento causa a menopausa”, disse Horvath, autor sênior do estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).
“É como o ovo e a galinha: qual veio primeiro? Nosso estudo é o primeiro a demonstrar que a menopausa faz você envelhecer mais rápido”, acrescentou o pesquisador.
Horvath e colegas analisaram amostras de DNA de mais de 3,1 mil mulheres em um estudo de 15 anos sobre mulheres pós-menopausa, conhecido como Iniciativa de Saúde da Mulher.
Medindo a idade biológica de células do sangue, da saliva e do interior da bochecha, os pesquisadores foram capazes de definir a relação entre a idade cronológica de cada mulher e a idade biológica do seu corpo.
“Nós descobrimos que a menopausa acelera o envelhecimento celular em 6% em média”, disse Horvath.
“Isso não parece muito, mas se acumula ao longo da vida de uma mulher”, completou.
Uma mulher que entra na menopausa precoce aos 42 anos, por exemplo, envelheceria mais rapidamente ao longo dos próximos oito anos do que uma mulher que entrou na menopausa aos 50.
Quando a mulher de 42 anos chegar aos 50, seu corpo seria biologicamente um ano mais velho do que o de uma mulher que entrou na menopausa aos 50, segundo o estudo.
Uma vez que o sangue parece envelhecer mais rápido quando a menopausa chega, o resto do corpo provavelmente também se deteriora mais rápido, com possíveis implicações em relação a doenças.
Mas Horvath disse que a notícia não é de todo ruim para as mulheres. Algum dia, os médicos poderão usar o relógio epigenético das mulheres - o rastreamento de alterações no DNA ao longo do tempo - para ajudar a decidir sobre tratamentos como a terapia hormonal.
“Os pesquisadores não precisarão mais acompanhar as pacientes durante anos para verificar a sua saúde e a ocorrência de doenças”, disse Horvath.
“Em vez disso, poderemos usar o relógio epigenético para monitorar a taxa de envelhecimento das suas células e para avaliar quais terapias retardam o processo de envelhecimento biológico”, acrescentou.
“Isso pode reduzir significativamente a duração e os custos dos ensaios clínicos e acelerar os benefícios para as mulheres”, completou.
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