O Réveillon da praia de Copacabana mais uma vez levou uma multidão para a praia da zona sul do Rio de Janeiro. Mesmo após quatro anos consecutivos de chuva, cariocas, turistas brasileiros e estrangeiros visitaram à cidade para assistir aos 16 minutos da tradicional queima de fogos.
Eram esperadas 2,3 milhões de pessoas na festa. Não há por enquanto números oficiais de público, delitos ou atendimentos médicos.
Disparados de 11 balsas, cada uma equipada com 2.300 bombas, os fogos emocionaram o público. As 24 toneladas de fogos começaram a estourar no céu ao som de música orquestrada. Em seguida, a música Aquarela do Brasil, de João Gilberto, embalou a queima de fogos.
Trânsito
A prefeitura montou um novo esquema de trânsito para facilitar a circulação de pedestres no bairro. Carros particulares, táxis e ônibus, ficaram proibidos de circular nas ruas do bairro a partir das 22h do dia 31 (segunda-feira) até 4h do dia 1º (terça-feira).
Até 23 horas, ainda havia carros, mesmo que em número reduzido, circulando pelas ruas. Foram organizados quatro pontos de ônibus e táxis em bairros que dão acesso à Copacabana-Botafogo, Lagoa, Ipanema e as pessoas tiveram que caminhar cerca de um quilômetro dos pontos de desembarque até a Avenida Atlântica.
A mudança permitiu que avenida Nossa Senhora de Copacabana e a rua Barata Ribeiro, paralelas à avenida Atlântica e que cortam todo o bairro, funcionassem como duas vias de alivio ao movimento da praia.
Gelo
Se por um lado o sistema de trânsito foi bom para os pedestres, ele trouxe dor de cabeça para os vendedores ambulantes de bebida. Por conta da impossibilidade de os caminhões de gelo entrarem no bairro, quase todos ficaram seu o produto essencial para gelar as bebidas. Menos de uma hora antes dos fogos, era difícil comprar água e cerveja geladas.
Diante da procura alta, o saco de gelo inflacionou no bairro. O produto que em geral custa R$ 16 o saco de 10 quilos, era vendido por até R$ 60. "Ficou impossível reabastecer com gelo. Estão cobrando muito caro no saco e não está valendo a pena", disse o vendedor Manuel Santos, 37 anos.
Turistas
A Prefeitura estima que 753 mil turistas passaram a virada em Copacabana. A americana Michele Fisher, 23, foi á praia com um grupo de seis amigos que fez no albergue em que está hospedada. Ela disse ter ficado impressionada com os fogos e também com a multidão.
"Eu não imaginava que era tanta gente e tão emocionante. Estou feliz de ter conhecido a cidade nessa época tão especial", disse ela, que acrescentou, porém, que a comunicação em inglês com os agentes públicos era muito difícil. "Por sorte o pessoal do albergue nos ensinou direito e a população que fala minha língua foi muito solicita", afirmou.
Atendimentos
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou que atendeu 1.162 pessoas em seus seis postos médicos montados na orla de Copacabana durante a festa de Réveillon. Quarenta e cinco pessoas precisaram ser removidas para hospitais.
De acordo com a pasta, a maior parte dos atendimentos foi de casos de alcoolismo, mal estar e cortes, principalmente nos pés. Já as remoções foram em sua maioria provocadas por intoxicação alcoólica e pequenos traumas.
O número de ocorrências caiu 29% em relação ao Réveillon do ano passado, quando 1.645 pessoas passaram pelos postos e foram feitas 87 remoções. O posto situado em frente à rua Paula Freitas foi o que registrou maior movimento, com 330 pacientes atendidos.
Neste ano, os postos contavam com 67 leitos, sendo 12 de suporte avançado. Ao todo, 173 profissionais, entre médicos, técnicos e administrativo trabalharam nas unidades montadas na orla, em frente às ruas Princesa Isabel, Praça do Lido, Paula Freitas, Santa Clara, Bolívar e Souza Lima.
Também ofereceram apoio na orla de Copacabana técnicos de Defesa Civil, na coordenação das ações de monitoramento e de contingência; e fiscais da Vigilância Sanitária, que realizaram ações de inspeção e vigilância nos estabelecimentos comerciais de alimentos, tais como hotéis, restaurantes e quiosques.
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