As suspeitas de que a cidade de Guaíra (Noroeste do estado), na fronteira com Salto del Guayrá, serve de porta de entrada no Brasil para armas e munições contrabandeadas do Paraguai foram reforçadas na noite da última quinta-feira com a apreensão de 170 cartuchos intactos de metralhadora calibre ponto 30. A dupla de motoqueiros que transportava a munição numa sacola conseguiu fugir da Polícia Rodoviária Estadual, na rodovia BR-272, depois de se livrar da sacola.
A Polícia Federal informou que a munição seria levada para organizações criminosas das grandes cidades, possivelmente Rio de Janeiro ou São Paulo, e poderia ser utilizada para assaltos a carros-fortes, já que os projéteis têm alto poder de destruição e podem perfurar as blindagens usadas pelas empresas de transporte de valores. A metralhadora ponto 30, que usa a munição apreendida em Guaíra, não está mais entre as armas usadas pelo Exército brasileiro. Conforme a página das Forças Armadas na internet (www.exercito.gov.br), a metralhadora utilizada hoje é a ponto 50.
A munição apreendida em Guaíra foi levada para a Polícia Federal. O delegado Luciano Flores de Lima disse que a apreensão demonstra, mais uma vez, que Guaíra está na rota das quadrilhas especializadas no tráfico internacional de armas e munições. Há dez dias, a PF desencadeou a Operação Parabellum em Guaíra, Londrina e Umuarama, além de ações em outros estados, que desarticulou um esquema que contrabandeava armamento para o Brasil.
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