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Campos Gerais

Museu de Vila Velha pode perder acervo

Falta de convênio é o principal entrave para o Museu de Geologia, que ainda não foi aberto ao público e corre o risco de continuar fechado

Museu está sem espaço para exposições: prazo para captação dos recursos termina em dezembro | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Museu está sem espaço para exposições: prazo para captação dos recursos termina em dezembro (Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo)

O Museu de Geologia e Paleontologia de Vila Velha corre o risco de perder todo o seu acervo sem nunca ter sido aberto ao público. O motivo principal é o convênio entre a Fundação João José Bigarella (Funabi) e o governo do estado, que não foi assinado. Sem o documento, o espaço, localizado no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (Campos Gerais) irá perder os recursos federais já liberados via Lei Rouanet de incentivo à cultura. Idealizado pelo cientista paranaense João José Bigarela e administrado pela Funabi, o museu foi construído em 2009 com a ideia de proporcionar ao visitante uma compreensão da origem do mundo através do passeio pelos arenitos e da visita ao acervo – resultado de uma grande pesquisa feita por Bigarela.

Sem o acordo, a fundação não pode angariar recursos para concluir o espaço de exposições. De acordo com o diretor-presidente da Funabi, Glaucon Horrocks, trata-se de falta de vontade política. "Tentamos resolver várias vezes. Já perdemos mais de R$ 1 milhão, doado pela Petrobras. Conseguimos prorrogar o prazo para prestar contas ao Ministério de Cultura até o final do ano, mas esse prazo está se esgotando e já estamos inadimplentes".

O projeto foi orçado em R$ 7 milhões – R$ 4 milhões já foram investidos, e estão liberados mais R$ 3,9 milhões pelo Minc, através da Lei Rouanet. O prazo de captação dos recursos para o projeto termina em dezembro deste ano.

Caso o convênio não seja firmado, o acervo do museu será transferido para outra instituição em São Paulo. "Eles vão ficar com o acervo para que possamos devolver o dinheiro já investido", confirma Horrocks.

Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, um levantamento está sendo feito para verificar a possibilidade de reforma e abertura do museu. A assessoria afirma que a Fundação Bigarela precisa enviar um estudo para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que comprove a viabilidade econômica e técnica para que o estado possa formalizar o convênio. A secretaria estuda também firmar uma parceria com a UEPG repassando a gestão do museu para a Universidade.

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