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História

Museu dos Tropeiros vai a escolas de Castro

Camila Lopes, de 8 anos, nunca tinha ido ao museu: reconheceu o pilão, que faz “paçoca de carne” | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Camila Lopes, de 8 anos, nunca tinha ido ao museu: reconheceu o pilão, que faz “paçoca de carne” (Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo)

Brilho no olhar e sorriso no rosto. Essas são as reações que uma exposição itinerante realizada pelo Museu dos Tropeiros de Castro, nos Campos Gerais, provoca nas crianças. O projeto faz parte da 11.ª Semana de Museus do Instituto Brasileiro de Museus, que começou na última segunda-feira e termina neste domingo. Onze escolas municipais de nove localidades da zona rural da cidade receberão a exposição. Mais de mil crianças entre 6 e 10 anos devem ser beneficiadas.

A ideia de levar o museu até as escolas surgiu de um grupo de funcionários e de integrantes da Associação de Amigos do Museu dos Tropeiros de Castro. Baseados no tema proposto pelo Ibram (Memória + criatividade = mudança social), eles quiseram apresentar às crianças partes desconhecidas da história. "Muitos nunca foram a Castro, muito menos no museu. Eles ficam impressionados. Há uma identificação incrível da realidade deles com algumas peças", diz a funcionária Fabiana Hey Pinto.

O trabalho, em sistema de voluntariado, conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que cede o carro para o transporte das peças. O dia das escolas no museu é sempre às segundas-feiras. Funcionários (que estariam de folga) e integrantes da associação se reúnem de manhã para separar os objetos e carregar o carro. A viagem é demorada e cansativa – leva mais de uma hora em estradas de chão.

O professor aposentado João Maria Ferraz Diniz, 72 anos, é um dos voluntários. Ele produz peças interativas, como quadros, histórias em quadrinhos e esculturas. "Era uma coisa que eu tinha vontade de fazer e não tinha tempo: apresentar a nossa rica história. Temos o dever de transmitir essa parte esquecida".

A exposição itinerante deve seguir até o mês de julho e tem apresentado bons resultados. A historiadora e voluntária Amélia Podolan Flugel conta que as crianças ficam encantadas. Segundo ela, os pequenos apreciadores prestam muita atenção nas explicações e adoram "brincar" com as peças produzidas pelo professor. "O que as deixa de olhos arregalados é saber que essa realidade deles é importante a ponto de ser retratada num museu" explica.

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