A ação emergencial contra a dengue foi realizada durante todo o fim de semana em Maringá para remover focos do mosquito Aedes aegypti na cidade. O trabalho contou com a participação de aproximadamente 20 caminhões e mil pessoas entre servidores municipais, estaduais, funcionários da Defesa Civil, policiais e voluntários, entre outros. Também houve mutirão em Cianorte e Ponta Grossa, passando por casas, terrenos e fundos de vale.

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A prefeitura de Maringá prometeu para a manhã desta segunda-feira um balanço com a quantidade de material recolhido no mutirão, que começou no sábado de manhã na Zona 7 e seguiu ontem em bairros com alto índice da doença, como os conjuntos Requião e Guaiapó.

Uma central de operação foi montada na sede da Secretaria Municipal de Esportes, ao lado do estádio Willie Davids, de onde o major Fábio Mariano de Oliveira, da Defesa Civil em Curitiba, articulou as ações. Na quadra ao lado da central foi localizado um terreno da própria prefeitura, onde funcionava a Central Municipal de Merendas, que estava tomado pelo mato e com recipientes com água parada. Uma equipe passou todo o dia no terreno roçando o mato, retirando entulhos e removendo os focos do mosquito. Até uma porta foi arrombada para que a limpeza fosse total.

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O secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, aproveitou para fazer um alerta à população. Segundo ele, quem já está tem outros problemas de saúde deve redobrar os cuidados para não pegar dengue. O alerta se deve ao fato de que duas das quatro vítimas que morreram com dengue no Paraná este ano estavam em tratamento de alguma outra doença e tiveram o quadro agravado pela dengue.Nardi afirma que o resultado da dengue depende da reação de cada organismo e dos cuidados tomados pela vítima. "A pessoa pode morrer com dengue clássica, sem ter hemorrágica, assim como quem pega dengue hemorrágica pode se recuperar bem", disse.

O aposentado Elios Fusco, de 66 anos, que morreu no mês passado, é um exemplo dos riscos trazidos pela combinação da dengue com outros problemas de saúde graves. Ele tinha problemas cardíacos, úlcera, diabete e colesterol alto. O aposentado, que morava em Doutor Camargo (a 60 quilômetros de Maringá) morreu no Hospital Universitário de Maringá após pegar dengue.

O Paraná tem 6.709 casos positivos de dengue e 18.372 notificações. Maringá é a cidade com mais confirmações com 1.333 casos e 5.376 notificações.