Desistências devem ser informadas
Municípios que confirmarem a desistência de algum profissional brasileiro selecionado pelo programa Mais Médicos têm até hoje para informar a situação ao Ministério da Saúde e ter essa vaga não preenchida incluída no segundo ciclo do programa. Os selecionados na próxima etapa começam a atuar em outubro. Esse profissionais têm de fazer a opção das cidades em que querem trabalhar até hoje. Após 13 de setembro, será aberto período para a escolha dos profissionais estrangeiros.
Curitiba registrou uma desistência na segunda-feira. Uma das selecionadas para o programa abriu mão da vaga depois de ser informada de que teria de atuar na área de saúde da família e não em pediatria, conforme era seu desejo. Ontem, a assessoria da prefeitura informou que provavelmente a vaga voltará a ser incluída no sistema.
Os médicos têm até dia 12 para se apresentar nos municípios e começar a trabalhar. Quem desistir da vaga, tentar burlar as regras do contrato ou simplesmente não se apresentar, ficará impedido de voltar a participar do Mais Médicos.
3.016 médicos se inscreveram na segunda fase do Mais Médicos, segundo balanço preliminar do Ministério da Saúde. São 1.414 brasileiros e 1.602 do exterior. Isso equivale a um sexto das inscrições feitas na primeira fase, quando 18.450 profissionais demonstraram interesse no programa. Dos 3.016, 951 finalizaram a apresentação da documentação. Os demais têm até quarta-feira para finalizar as inscrições. Além disso, mais 514 municípios se inscreveram para receber 1.165 médicos.
Pouco menos de um terço das 701 cidades com prioridade para receber médicos cubanos serão contempladas nesta primeira etapa de distribuição. A lista dos 206 municípios e 13 distritos sanitários indígenas que contarão com os cerca de 400 profissionais caribenhos a partir da segunda quinzena deste mês foi divulgada ontem pelo Ministério da Saúde. Nenhum dos cinco municípios paranaenses considerados prioritários Itambé, Jataizinho, Lapa, Mandirituba e Tunas do Paraná integra a relação.
INFOGRÁFICO: Confira qual será a distribuição dos 400 médicos cubanos
A maior parte dos cubanos foi direcionada para municípios do Norte e Nordeste 91% foram alocados nessas regiões. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a prioridade nessa fase foi atender as cidades que têm mais de 20% da população vivendo em situação de extrema pobreza ou que possuem Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) baixo ou muito baixo. Por esse critério, foram direcionados 207 médicos cubanos para o Nordeste; 157 para o Norte; 30 para o Sudeste e seis para o Sul. Nenhuma cidade do Centro-Oeste foi beneficiada.
Os seis profissionais direcionados para o Sul do país vão atender seis municípios do Rio Grande do Sul. De acordo com o Ministério da Saúde, mais uma turma de médicos cubanos deve chegar ao Brasil até o fim do ano e ser encaminhada aos outros 495 municípios prioritários não contemplados nessa primeira etapa.
Decepção
No início da semana passada, dos cinco municípios paranaenses entre as 701 cidades pré-selecionadas apenas a prefeitura da Lapa dava como certa a vinda de profissionais cubanos ainda em setembro. Agora, a prefeita Leila Klenk (PT) afirma que espera pela chegada desses médicos até dezembro.
Para ela, os cubanos podem ajudar a resolver um sério problema do município: o atendimento médico nas áreas rurais. "Nós estamos implorando por médicos. Até aumentamos o salário para R$ 14,8 mil para tentar atrair algum profissional, mas ocorre que, quem vem, não quer atuar no interior do município, apenas no centro", comenta.
A cidade tem mais de 2 mil quilômetros quadrados, uma área quase cinco vezes maior que Curitiba, por exemplo. Como muitas comunidades ficam longe do centro, as grandes distâncias dificultam o deslocamento e o atendimento de saúde.
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