Mesmo com a queda, o movimento do Afonso Pena está próximo do limite de sua capacidade| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Obras

Ampliação do terminal deve começar somente no segundo semestre

Existem duas intervenções a caminho para o Aeroporto Afonso Pena: a ampliação do pátio de aeronaves e do terminal de passageiros. A primeira está quase concluída, com previsão de entrega para o mês que vem. A estrutura se ampliará em 60 mil m², chegando então a 140 mil m² de área total. Porém, o aumento do terminal de passageiros, essencial para aumentar a capacidade do aeroporto, deve começar somente no segundo semestre deste ano.

Em outubro do ano passado, a Infraero lançou a licitação para a obra, feita por Regime Diferenciado de Contratação. Serão implantadas oito novas pontes de embarque e mais 32 balcões de check-in.

Dois consórcios apresentaram propostas. A empresa vencedora será responsável tanto pelos projetos quanto pela execução da obra em si.

CARREGANDO :)

Crescimento

No aeroporto de Londrina, houve um acréscimo de 14% no número de passageiros, superando pela primeira vez a marca de 1 milhão de usuários. Em Foz, o aumento foi de 3%. Já o aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, acompanhou a queda do Afonso Pena, e reduziu o movimento em 11%.

O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, registrou queda no número de passageiros em 2012. De janeiro a dezembro do ano passado, 6,82 milhões de pessoas usaram o terminal, uma redução de 2% em relação a 2011, quando o Afonso Pena recebeu 6,96 milhões de passageiros. É a primeira vez em nove anos que há redução de movimento. Desde 2003, a quantidade de usuários do aeroporto quase triplicou.

Publicidade

A superintendência da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Curitiba afirma, por e-mail, que a queda ocorreu por causa da fusão de grandes empresas aéreas, o que teria diminuido a oferta de voos para Curitiba. De fato, o número de aeronaves no Afonso Pena em 2012 foi de 89 mil, contra 94 mil em 2011. A queda, porém, vai na contramão da tendência geral do país. Na somatória dos mais de 60 aeroportos administrados pela Infraero, houve aumento tanto no número de passageiros (2%) quanto no de aeronaves (3%).

Em outros aeroportos da Infraero no Paraná também houve crescimento. O terminal de Londrina teve um acréscimo de 14% no ano, superando pela primeira vez a marca de 1 milhão de passageiros. Em Foz, o aumento foi de 3%. O aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, acompanhou a queda do Afonso Pena, e reduziu o movimento em 11%. O terminal, destinado a pequenas e médias aeronaves e à formação de pilotos, recebeu 90 mil pessoas ao longo de 2012.

Voos internacionais

Uma das razões que podem justificar a queda em Curitiba é o fato de a cidade ter perdido os voos internacionais da companhia uruguaia Pluna, que decretou falência em julho passado. Em outras cidades em que a companhia operava também se observa redução ou crescimento menor de passageiros internacionais, em comparação com a média do país. O número de viajantes internacionais no Afonso Pena caiu 15%, enquanto a quantidade de passageiros domésticos apresentou queda bem menor, de 2%.

Ainda assim, o movimento atual do Afonso Pena está encostando no limite da capacidade. Atualmente, o terminal tem capacidade para receber 7,8 milhões de passageiros ao ano e, até 2011, o movimento vinha crescendo a uma taxa média anual de 20%. Com as obras de ampliação, a capacidade deve subir para 14,6 milhões. Resta saber se o investimento será executado antes que o crescimento da demanda comece a criar gargalos.

Publicidade

Obra sairá por R$ 246,7 mi

Rafael Waltrick

A Infraero chegou ontem ao nome da empresa que será responsável pelos projetos e pela obra de ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. O consórcio formado pelas empresas Sial, Jotaele e PJJ venceu a licitação e fará os serviços por R$ R$ 246,7 milhões.

O investimento previsto na obra do terminal está bem acima do valor que vinha sendo anunciado pela Infraero nos últimos dois anos: R$ 41,3 milhões. Segundo o governo federal, o montante anterior contemplava somente a obra em si e não os projetos básico e executivo, que ainda terão de ser feitos. Além disso, a Infraero defende que a ampliação será maior do que o previsto inicialmente.

O próximo passo compreende a verificação dos documentos técnicos do consórcio para a homologação da licitação – como o processo está sendo feito pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC), as etapas são invertidas.

Publicidade

Segundo o superintendente de Licitações e Compras da Infraero em Brasília, José Antonio Pessoa Neto, a expectativa é que o contrato com o consórcio seja assinado na primeira quinzena de fevereiro.