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Assim como Daniele Vinicius, milhões de adolescentes estão fora da escola no Brasil. O caso da jovem curitibana é mais grave porque ela teve o direito à educação violado desde criança, já que frequentou os bancos escolares somente até a 2ª série. A educação no Brasil é um gargalo que vai afinando até o ensino médio. O país ainda tem 14 milhões de analfabetos e um a cada cinco brasileiros pode ser considerado analfabeto funcional.

Para piorar a situação, o governo federal não cumpriu as metas firmadas no Plano Nacional de Educação e o investimento do Produto Interno Bruto ficará em 7% e não em 10%. O desafio é fazer com que haja oferta, a partir de 2016, para crianças de 4 a 17 anos sem o financiamento adequado.

Segundo César Callegari, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, o principal desafio é garantir o aprendizado e não apenas a permanência na escola. "Hoje as crianças na idade própria para o ensino fundamental têm direito à matrícula e não precisam pedir, todos têm o dever de matriculá-la. Precisa­­mos transformar em direito subjetivo também a qualidade."

Nos últimos anos o Paraná teve um avanço na educação, principalmente em relação à infraestrutura. As escolas ganharam os polêmicos aparelhos de tevês laranjas, laboratórios de informática e quadras poliesportivas. Para Claudio Silva, presidente da União dos Dirigentes Municipais da Educação do Paraná, os pontos que devem ser observados são o financiamento. Silva também destaca a saúde do professor. Pesquisas indicam que 15% dos docentes sofrem com a síndrome de Burnout, causada pelo estresse.

O estado de São Paulo é apontado como um melhor investidor na educação, até porque é o que mais arrecada: o investimento é maior do ensino básico ao superior. Para se ter uma ideia, em 2010 o orçamento da Universidade de São Paulo foi de R$ 3 bilhões, enquanto o da Universidade Federal do Paraná foi de R$ 725 milhões.

Talvez a melhor forma de analisar o desempenho paranaense seja comparar as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Nas séries iniciais do ensino fundamental, o Paraná tem nota 5,4, acima da média nacional, que fica em 4,6. O estado fica na quarta posição nacional, atrás de Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo.

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