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Um dos eventos mais dramáticos de resfriamento provocado por atividade vulcânica ocorreu há 195 anos, quando o vulcão do Monte Tambora, da Indonésia, entrou em erupção. A explosão, uma das mais violentas da história, causou a morte de pelo menos 60 mil pessoas – 12 mil mortas diretamente pela explosão. O material expelido pela cratera foi lançado a uma altitude de 44 km, escurecendo o céu por três dias em um raio de 500 km. Em consequência das cinzas vulcânicas, em 1816 o Hemisfério Norte não teve verão. A quebra de safra e a morte do gado causaram a pior fome do século 19, que deixou milhares de mortos.

Mas nada se compara em violência à explosão do maior dos três vulcões da ilha de Cracatoa, também na Indonésia, em 1883. Todas as formas de vida da ilha, assim co­­mo dois terços de sua área, desapareceram. Cerca de 36 mil pessoas morreram, a maior parte vítima da tsunami que se seguiu à explosão, com ondas que passaram dos 40 metros de altura, propagando-se a cerca de 750 km/h. Blocos de corais pesando centenas de toneladas foram levados até a costa, e um navio foi arrastado por 2,5 km terra adentro até parar na encosta de uma montanha, 10 metros acima do nível do mar. Corpos de vítimas da tragédia foram encontrados na atual Tanzânia. Há registros de que a explosão tenha sido ouvida a mais de 4 mil quilômetros de distância, na Índia e na Austrália. Ondas geradas pelo fenômeno foram sentidas até na cidade inglesa de Liverpool e no Canadá.

A explosão de Cracatoa também causou um resfriamento global, de 1,2°C. A temperatura do planeta só se normalizou em 1888.

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