Em vez de se protegerem das condições climáticas extremas, muitos cidadãos estão deixando o conforto de lado e saindo às ruas para ajudar aqueles que sofrem diretamente com as consequências do frio e das chuvas que, de acordo com balanço da Defesa Civil, afetaram mais de 66 mil pessoas no Paraná. Além da solidariedade, muitos estão usando a internet para se reunir e fazer a diferença na vida de pessoas que nem sequer conhecem. Veja quatro iniciativas que usam a web como ferramenta para disseminar a caridade:
Cabide de roupas
Estudante de design de moda, Rafael Gomes Savae resolveu transformar árvores em "cabides" para que os moradores de rua pudessem se proteger. "Criei um cartaz informando que as roupas que estavam penduradas eram propriedade deles", diz ele. Agora são sete árvores em regiões com muita circulação de pessoas. "Pretendo repetir a campanha no ano que vem, porque acredito que ela está incentivando pessoas a doar", comenta Rafael. Para ajudar: http://on.fb.me/1683tzX
Investindo no futuro
O evento "Mutirão contra o frio vamos esquentar quem mora nas ruas", organizado através do Facebook, já tem mais de 1,8 mil participantes e está conseguindo cumprir seu objetivo. A jornalista Anaterra Viana, uma das criadoras do projeto, teve a ideia de organizá-lo depois de ver a comemoração com a chegada da neve. "Quem mora nas ruas sofre com o frio", ressalta. Ela e amigos pediram doações e ajuda de voluntários. "O próximo passo é discutir políticas que dispensem eventos assim no futuro", adianta. Para ajudar: http://on.fb.me/19l9o7Y
Animais de rua
Em 2008, a funcionária pública Fabiana Bertolini criou o site caopanheirocuritiba.com.br, para ajudar animais abandonados a encontrar um lar. Com a chegada do frio, ela ficou preocupada. "Me dá um desespero de pensar nos bichos sofrendo com as temperaturas", conta. A partir daí, conversou com amigos e decidiu reunir doações para ajudar não apenas os cães e gatos, mas também seus donos. "Há gente que se nega a ir a abrigos só para poder ficar com seus companheiros", justifica. Para ajudar: http://on.fb.me/17H08Ha
Prato feito
Desde janeiro, o projeto Rondando a Fome reúne pessoas que saem às ruas toda terça-feira para alimentar moradores de rua. "Tão triste quanto passar fome é ter vontade de comer algo e não poder fazer isso", argumenta o professor Alberto Portugal. O kit que eles distribuem é completo: marmitex, sobremesa, café, chocolate quente e um cobertor. "Buscamos sempre perguntar às pessoas o que elas gostariam de comer", conta. Com o frio, eles reforçaram a jornada e incluíram a quinta-feira na rotina de distribuições. Para ajudar: http://bit.ly/13JbZEC